UEFA Europa Legue – Sporting, 1 – Manchester City, 0
O Sporting teve de “suar” muito na segunda parte para levar de vencido um Manchester muito calculista, mas mereceu o triunfo, ante 34.371 espectadores, o que foi excelente por o jogo ter começado pelas 18 horas.
{jathumbnail off}Com o comando do jogo praticamente nos pés apenas ao Manchester, por inércia de um Sporting que jogou quase sempre em contra-ataque, pouco se podia esperar mais que o empate no final do primeiro tempo. Aliás, também não surgiram oportunidades de golo eminente, apesar de algumas tentativas mal concretizadas, por parte de uma e de outra equipa.
Os britânicos jogaram a fleuma habitual, fazendo a bola rolar de pé em pé de jogador em jogador, com passes medidos à conta, só não dando em perigo para Rui Patrício porque a defesa sportinguista resolvia na altura própria. Felizmente mais afoita, a defender, do que o Manchester a atacar.
Aos 3’, Schaars tentou fazer um chapéu ao guardião britânico, que entretanto se tinha adiantado para tentar interceptar uma bola, mas falhou o alvo.
Aos 9’, João Pereira, na sua habitual arrancada pela direita, faz jogo com Matias e, na passada remata para difícil defesa de Hart.
O Manchester passa a controlar o jogo e João Pereira, depois de ficar sem a bola, reclama uma vez mais e é admoestado pelo árbitro, por acaso espanhol, que percebe bem português. E depois diz-se que é “perseguição”, continuando os jogadores leoninos a falhar passes e a tentar rematar à baliza mas apenas de meio campo. O que não resultou.
O Sporting parecia ter medo de chegar à área, porquanto a maior parte dos remates à baliza foram feitos de meio campo, sem que nenhum acertasse no alvo.
Embora tendo a posse da bola durante mais tempo, o Manchester pecava também por não rematar se bem que, na última jogada, teve oportunidade de marcar, com Aguero a cabecear para as mãos de Rui.
No segundo tempo, as coisas mudaram de figura.
Ainda assim, Silva ainda teve oportunidade de criar perigo junto á baliza de Rui, rematando por cima da barra.
Mas o Sporting, finalmente, apareceu a jogar como devia ser. Mais depressa, melhor passe de bola, mais perigo. E foi assim que surgiu o primeiro (e único do jogo) golo.
Decorria o minuto 50’ quando, na marcação de um livre, Matias faz um centro remate que vai directo ao guarda-redes, com a bola a meia altura, que Hart defende para a frente, com Xandão a fazer a recarga para o fundo da baliza, num toque subtil de calcanhar.
Na resposta, Aguero abusou na retenção da bola, não passando a um colega perfeitamente desmarcado na pequena área do Sporting e preferiu rematar. Que Rui defendeu.
O golo espevitou a formação de Sá Pinto que, a partir daí, começou a dominar o jogo.
Num período de dez minutos, o Sporting podia ter aumentado a vantagem, especialmente quando Wolfswinkel (62’), sem ninguém pela frente, “passou” a bola a Hart.
O Manchester perdeu o folgo inicial mas ainda provou algumas situações de perigo, que não passaram disso mesmo, pese embora (89’) a bola ter embatido na trave de Rui Patrício, depois de uma cabeçada forte de Aguero, tendo o árbitro anulado a jogada e marcado falta.
Com a entrada de Carrillo, o Sporting passou a ter mais velocidade e, aos 90+2’, passou toda a gente pela direita, centrou mas … não estava lá ninguém.
O triunfo acaba por se justificar pelo que o Sporting fez na segunda parte, mas apenas um golo é capaz de ser pouco para “aguentar” o ambiente em Manchester daqui a oito dias. Não há impossíveis e, enquanto o pau vai e vem, folgam as costas. E os sportinguistas acreditam que é possível passar à fase seguinte. O que é positivo.
Capel (em especial na segunda parte), Polga, Xandão, Matias, Schaars e João Pereira foram os melhores no Sporting, enquanto David Silva foi o mandão dos ingleses, bem acompanhado por Hart, Kolarov, Bary, Clichy, Touré e De Jong.
O espanhol Carlos Velasco esteve em bom plano, apesar de uma ou outra falta por marcar, tendo tido bons auxiliares em Juan Jimenez e Fermin Inabez.
As equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Xandão, Polga e Insua; Matias Fernandez (Renato Neto, 68’), Carriço e Schaars; Izmailov (Pereirinha, 58’), Wolfswinkel e Capel (Carrillo, 73’).
Manchester City – Hart; Clichy, Kompany (lesionado, por Lescott, 11’), Kolo Touré e Kolarov; Milner, De Jong, Barry (Nasri, 58’) e David Silva; Aguero e Dzeko (Balotelli, 70’).
Cartões amarelos para Izmailov (45’), De Jong (45+1’), Polga (77’), João Pereira (81’), Renato neto (84’) e Kolarov (90+4’)