Segunda-feira 23 de Novembro de 7198

Um Maxi acelerado para um triunfo “oleado”

06Mar_5376_SLB_Zenit_UCL_centralLiga dos Campeões – Benfica, 2 – Zenit, 0

Com dois golos em momentos cruciais, o Benfica fez o que dele se esperava, se bem que nem tudo foram rosas. Seguiu em frente com justiça depois de um Maxi correr que se farta e marcar e de um Oliveira a “olear” um triunfo saboroso.

No primeiro tempo, logo se percebeu que o Zenit se preparava para jogar o mais devagar possível, face à vantagem que tinha da primeira mão (um golo, o não era muito mas era alguma coisa), pelo que o Benfica tinha que tentar abrir mais o jogo, pressionando o meio campo e a defesa adversária.

Só que os comandados de Jesus parecia não estar para aí virados, porquanto não encontravam soluções atacantes que fizessem perigar a baliza contrária, apesar de ter ganho o primeiro canto do jogo logo aos dois minutos.

O Zenit cobria bem as zonas de entrada do seu meio campo e área, o que foi mais beneficiado pelo facto de o Benfica teimar em passar muito a bola de uns para os outros e não avançar mais fluentemente. Ali+as, o que ficou espelhado na percentagem de posse de bola, com o Benfica a chegar apenas aos 53%.

Só aos 20’ é que o Benfica criou perigo, com um remate de Bruno César a passar muito perto do poste da baliza de Malafeev, jogada que deu o mote para um avanço benfiquista se bem que só aos 38’ e aos 39’, por intermédio de Emerson e Bruno César que, com remates fortes, fizeram passar a bola um pouco acima da trave.

Aos 42’ o Zenit podia ter marcado. A bola é recebida por Artur que passa a Luisão, ainda na defesa. O central falha o passe seguinte a e bola vai para Shirokov que, com Artur fora da baliza, remate com colocação, sem muita força, o que permitiu a Artur recuperar e defender. Um calafrio para Jesus.

Já passava dos 45’ (45+1’), quando o Benfica chegou ao 1-0. Numa jogada pela direita, a bola é passada para Witsel que remata para uma boa defesa do guarda-redes russo mas para a frente onde surgiu Maxi Pereira para mandar a bola, com calma, para a baliza deserta.

Decorria o último minuto e Cardozo voltou a ter oportunidade de marcar, a centro de Gaitan desta vez de cabeça, com a bola a sair ao lado.

No segundo tempo, o Benfica começou algo mais rápido se bem que o Zenit era mais incisivo nos passes, embora sem progredir muito porque mais calculista, mais “certinho”, um rendilhado que não nada em nada. Como não deu.

Aos 69’, Cardozo teve nova oportunidade para marcar frente ao guarda-redes, depois de recebera bola de um ressalto, mas voltou a falhar. Cinco minutos depois, com o Benfica a ser menos atacante mas mais preciso, levando a bola a bruno César que, mais uma vez, a deu a Cardozo que, de novo, não marcou: acertou no guarda-redes e a bola foi para canto.

Aos 81’ foi Jardel que, no seguimento de um canto, rematou ao lado do poste, no que foi a penúltima oportunidade de golo para o Benfica.

Mas o bom bocado estava reservado para Nelson Oliveira, entretanto entrado a substituir um Cardozo infeliz mas também pouco actuante.

Lançado por Bruno César, pelo lado direito, flectiu para o centro do campo, entrou na grande área, é acossado por um defesa mas, ainda assim, remata para baliza com a bola, caprichosamente, a ser desviada pelo defesa e para dentro da baliza. Decorriam 90+2’ e estava feito o 2-0, inteiramente merecido.

Na verdade, o Benfica acabou por tirar benefício de um Zenit “frio” de mais para o que seria necessário fazer, caso pretendessem seguir em frente. Os homens de Jesus souberam gerir o espaço e o tempo, com m os golos a surgirem em momentos cruciais do jogo: o primeiro em cima do intervalo e o segundo em cima do final do jogo. Não jogaram tão bem mas ganharam bem.

E tão bem que os quartos de final vão valer mais alguns milhões para o Benfica.

Maxi Pereira foi o jogador mais influente na equipa do Benfica, onde também estiveram bem Emerson, Javi Garcia, Gaitan, Witsel, Luisão, Nolito e Nelson, apesar de ter jogado apenas dez minutos: marcou o golo da confirmação. No Zenit, referência para Malafeev, Kerzhakov, Shirokov, Zyryanov, Bruno Alves e Denisov.

O britânico Howard Webb esteve bom em quase tudo. Deixou jogar, embora tenha falhado uma ou outra vez sem perigo. Esteve bem ajudado pelos auxiliares Michael Mullarkey e Stephen Child.

As equipas:

Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Jardel e Emerson; Witsel, Javi Garcia e Gaitan (Matic, 71’); Rodrigo (Nolito, 61’), Cardozo (Nelson Oliveira, 80’) e Bruno César.

Zenit – Malafeev; Anyukov (Bruno Alves, 53’) Hubocan, Lombaerts e Criscito; Semak, Denisov e Shirokov; Bystrov (Lazovic, 45’), Kerzhakov e Zyryanov (Fayzulin, 70’).

Cartões amarelos para Anyukov (5’), Javi Garvia (16’) e Denisov (67’)

 

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