O nigeriano Amos Adamu, ex-membro do Comité Executivo da Federação Internacional de Futebol (FIFA), foi sancionado com a pena de três anos de suspensão e, naturalmente, demitido das das funções que desempenhava no organismo máximo do futebol mundial.
Esta foi a sanção aplicada pela própria FIFA, que Adamu não aceitou e recorreu para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que analisou o assunto e confirmou a sanção então aplicada.
“Os árbitros que integraram o painel do TAS – segundo o comunicado tornado público por este organismo – consideraram que a sanção imposta pela FIFA não foi desproporcionada e foi, ainda, relativamente suave, dada a gravidade do delito.”
A investigação, pela FIFA, iniciou-se após a publicação, em 17 de Outubro de 2010, pelo jornal inglês “Sunday Times”, de um artigo que geraram fortes suspeitas de corrupção dentro da FIFA, a propósito da atribuição da realização dos próximos campeonatos do mundo de futebol.
Jornalistas daquele diário londrino contactaram com vários dirigentes, disfarçados de empresários, tentando obter informações sobre qual seria a posição de cada um para apoiar essas realizações nos Estados Unidos, em 2018 e 2022.
Adamu, segundo o inquérito, foi abordado pelos jornalistas e que ofereceram oitocentos mil dólares americanos para construir quatro campos de futebol artificiais na Nigéria, desde que ele votasse a favor dos EUA.
A FIFA reagiu de imediato, abrindo o competente processo de inquérito, tendo divulgado, um mês depois, a sanção de suspensão de três anos e uma multa de dez mil francos suíços.
Não concordando, Adamu recorreu pata o TAS, de nada valendo os seus argumentos.
No mesmo âmbito das medidas contra a corrupção, a FIFA já tinha suspendido outro dirigente, para o caso, o presidente da Confederação de Futebol da Oceania, Reynald Temarii.
Como se sabe, a realização dos campeonatos do mundo de 2018 e 2022 foram atribuídos, respectivamente, à Rússia e ao Qatar.
Entretanto, uma nuvem negra paira ainda sobre três dos actuais membros do executivo da FIFA – casos de Ricardo Teixeira, dirigente brasileiro, do presidente da confederação sul-americano, Nicolas Leoz e do presidente confederação de futebol africana, Issa Hayatou – ligando-os ao negócio da falida ISL, o antigo parceiro de marketing e publicidade da FIFA e do COI.
E por cá, o que se passa?
Sem dúvida que nada! A Procuradora Maria José Morgado, por várias vezes e publicamente, já se referiu ao tema. Mas dos resultados obtidos … a montanha pariu um rato!
Luís Direito