Na verdade assim é. Três jogos, três vitórias, seis pontos amealhados e a qualificação da UEFA, são o pecúlio de um Sá Pinto com estrelinha. Isto porque a qualidade do futebol praticado mantém-se mediano.
No primeiro tempo, aos oito minutos já o Rio Ave tinha ganho dois cantos, o que o Sporting só conseguiu aos 14’.
O Sporting, pese embora tentasse mudar algo, como, por exemplo, a bola a correr mais do que os jogadores, nem por isso a situação durou muito. O corre com a bola, passar só às vezes e outras mal é uma pecha que teima em manter-se, o que não é bom para o jogo.
Se é verdade que o Sporting teve a bola mais tempo em seu poder, é por isso mesmo: individualizar e não colectivizar.
Os leões construíram mais situações para chegar à baliza de Huanderson mas sem efeitos práticos. Por seu lado, o Rio Ave nunca se remeteu ao seu meio campo e, por vezes, criou alguns calafrios à defesa sportinguista.
Aos 32 minutos um remate de Christian obrigou Marcelo a desviar para canto, que não deu em nada, aproveitando os leões para contra-atacar e chegar ao golo, ainda assim no seguimento de uma jogada individual de Izmailov. Decorria o minuto 34.
Capta a bola sensivelmente a meio do meio campo do Rio Ave, tira um adversário do caminho, tira um segundo e, com o horizonte limpo, chita forte, rasteiro e direccionado para o lado contrário onde estava o guarda-redes, fazendo o 1-0.
Um resultado que acaba por se justificar em relação ao jogo jogado, embora com pouco brilho.
O que acabou por se manter na segunda parte, embora o ritmo tenha subido um pouco, até porque o Rio Ave também forçou mais um pouco o andamento e colocou pedras como João Tomás e Christian a jogar mais depressa.
Mas só aos 71’ é que o Sporting teve oportunidade para marcar, o que Wolfswinkel não conseguiu, porque chegou ligeiramente tarde ao centro de Capel.
Aos 78’, Wolfswinkel perde a bola no seu meio campo e Christian aproveita para avançar sem adversários e a rematar com força para a bola sair a milímetros do poste contrário à baliza de Marcelo.
Aos 85’ é o Rio Ave que volta a criar perigo, com Anselmo a rematar mas acima da trave.
O resultado não sofreu alteração e o Sporting conseguiu mais uma vitória. É só o que Sá Pinto pede. Pelo que os 25.107 espectadores gostaram muito. É preciso é vencer, não convencer.
Realce para Izmailov, Capel, João Pereira (que continua a protestar e levou mais um amarelo; depois chama-se perseguição a estupidez), Elias e Xandão, enquanto no Rio Ave os melhores foram Christian, Huanderson, Gaspar, Sony, Tarantini, Yazalde, André Vilas Boas e João Tomás.
Paulo Batista (Portalegre), esteve bem, pese embora com algumas falhas, que não comprometeram, tendo tido bons auxiliares em José Braga e Sérgio Serrão.
As equipas alinharam:
Sporting – Marcelo; João Pereira, Xandão, Polga e Insua; Elias, Daniel Carriço e Schaars (André Santos, 78’); Izmailov (Evaldo, 85’), Wolfswinkel e Capel (Pereirinha, 68’).
Rio Ave – Huanderson; Sony, Gaspar, Éder e André Dias; Vítor Gomes (Braga, 46’), Christian e Tarantini; André Vilas Boas, João Tomás (Anselmo, 74’) e Yazalde (Mendes, 59’).
Cartões amarelos para João pereira (26’), Sony (38’), João Tomás (41’), Wolfswinkel, 45+1’), Gaspar (90’) e Elias (90+2’).
Artur Madeira