Cumpriu-se aquilo que Sá Pinto havia dito no dia anterior ao jogo. Esta quinta-feira, em Alvalade, o Sporting ganhou mas sem encantar. Também não é preciso. Mas há que passar a jogar um pouco melhor. A partir daqui, o stress é menor.
Para uma equipa que pretende seguir em frente na competição, o primeiro tempo não foi mais do que um passar de tempo, já que oportunidade de golo não havia. Aliás, bem comprovado pelo silêncio da massa associativa (e claques) do Sporting, que raramente se ouvia, ante um “barulho” da pequena representação do Leiga. Só no golo isso aconteceu.
A bola rolava, a meio gás, entre as duas grandes áreas sem que os leões conseguissem ter grande vantagem territorial, porque não havia articulação nem nos passes nem nas desmarcações dos jogadores. À contrária, o Legia, nos dois primeiros minutos do jogo, ganhou dois cantos.
Carrilho, aos 4’, faz um centro remate que o guardião afasta, não havendo recarga, sendo que o Sporting na maior parte do tempo, tentava construir o ataque pelo meio, por onde não passava face a uma defesa bem colocada e bem fechada. Afinal, o Leiga estava a jogar para não perder e, com isso, conquistar o direito à passagem à fase seguinte.
Aos 25’ Matias marca outro livre, do qual nada resulta, voltando a ser Carrilho a repetir a jogada que já tinha feito e fazer um centro remate que o guardião voltou a defender.
Aos 39’, Pulga é confrontado com uma bola que bate no braço, dentro da área, mas que, bem colocado, o árbitro não assinalou, pese embora tivesse ficado a dúvida. Foi muito parecido com aquele que (com o cotovelo) se verificou no passado domingo, em Alvalade, contra o Paços de Ferreira. E o intervalo chegou a zero.
No segundo tempo, o Sporting entrou com mais pressa e logo aos 55‘ podia ter marcado. Ínsua faz um centro remate com a bola a caminho da baliza, tendo o guarda desviado por cima para, na resposta, Zero obrigar Rui a boa defesa.
Com a entrada de Capel, Pereirinha e Xandão, quase de rompante, devido a lesões (ou precaução) de Carrilho, Pereirinha e Xandão, o Sporting aumentou um pouco o ritmo, em especial por parte de Capel, em termos de posse e contenção de bola. E foi num destes momentos que sofreu a falta que originou o golo do Sporting.
Passou-se no 83º minuto. A cerca der 50 metros da baliza, descaído sobre a esquerda do ataque do Sporting, quase junto á linha lateral, Matias Fernandez arrancou um potente remate, com a bola seguir em arco e directamente para o fundo da baliza, depois de sobrevoar um grupo de jogadores que só a viram passar.
Parecia que o jogo tinha acabado aí mas não. Aos 89’ Patrício salvou o empate, o que voltou a fazer aos 90+4’ quando Ljuboja (o melhor do Legia) falhou por um triz o golo, com a bola a passar a milímetros da barra.
O 1-0 assenta bem ao Sporting, porque foi o mais feliz, num jogo jogado que teve poucos momentos de futebol puro e duro, o que foi visto por pouca gente: talvez nem tivesse chegado aos 20.000 espectadores. O Sporting tem de trabalhar muito para a próxima eliminatória, com o Manchester City, nos oitavos de final, que eliminou o F. C. Porto.
Fernandez acabou por seu o melhor, salientando-se ainda Patrício, Polga, Rodriguez e Ínsua. No Legia, relevo para Ljuboja e ainda para Kuciak, Gol, Homorowski, Rezniczak e Zyro.
O russo Vladislav Bezborodov esteve em bom plano, apesar de algumas apitadelas a mais, tendo bons auxiliares em Nikolai Golubev e Viacheslav Semenov. As equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Polga, Carriço e Insua; Matias Fernandez, Rodriguez (Xandão, 71’) e Schaars; Izmailov (Pereirinha, 70’), Wolfswinkel e Carrillo (Capel, 69’).
Legia – Kuciak; Jedrzeczyk, Zewlakow, Wawrzynlak e Komorowski; Vrdoljak, Janusz Gol (Hubnik, 87’) e Zyro (Kucharczyk, 58’); Rzezniaczak (Wolski, 68’), Ljuboja e Rybus.
Cartões amarelos para Schaars (10’), Carrillo (38’), João Pereira (77’), Carriço (88’) e Capel (90+4’); Wawrzyniak (34’), Gol (58’), Ljuboja (58’), Vrdoljak (84’) e Jedrzejczyk (90+3’).
Artur Madeira