Domingo 23 de Novembro de 0565

Ganhar com … sorte

Sporting-PacosFerreiraPoucas dúvidas restam que o Sporting ganhou apenas porque teve … sorte. O golo foi obtido por Ricardo na sua própria baliza e o mesmo Ricardo provocou uma grande penalidade que Wolfswinkel falhou. Em jogo jogado mais parecia uma dança de Carnaval.

Diz-se que a “sorte protege os audazes” mas desta vez quem foi mais audaz – no sentido de maior perigo – foi o Paços de Ferreira. Talvez, no jogo jogado, os homens dos móveis merecessem o empate.

O ritmo só de vez em quando passou do mediano e a maior velocidade não produziram jogadas vistosos nem lances de perigo, dado que aos “solavancos”. Pela quadra que se atravessa? Pelo o que Sporting fez na 5ª feira anterior? Resta saber como vai ser a partida decisiva na próxima quinta-feira, com os polacos. A jogar assim, será melhor os sportinguistas aproarem a Alvalade bem “camuflados”.

Aos 24’ Wolfswinkel cai na área do Paços, reclama grande penalidade e o árbitro, bem colocado, não atendeu e o perigo rondou a área do Sporting face a mais uma situação de atrapalhação.

Dez minutos depois, o Sporting chegou ao golo. Num livre sobre a esquerda do seu ataque, Rinaudo chuta para a pequena área, Cássio não se fez ao lance e a bola surgiu dentro da sua baliza, depois de ter batido em Ricardo. Um golo que foi um auto-golo, para sorte do Sporting.

Os jogadores do Sporting continuam sem acertar nem o ritmo nem os passes entre eles, falhando muito e com o descanso a chegar seria interessante seguir o que iria acontecer na segunda parte.

Que começou e andou muito tempo da mesma forma. Carrillo, Wolfswinkel e mesmo João Pereira pensavam mais neles no que na equipa. Passes não houve e os que houveram a maior parte das vezes saíram fora do alcance do destinatário. A displicência continua a mandar.

Aproveitou o Paços de Ferreira para contra-atacar mais a preceito e por duas vezes foi Rui Patrício que teve de salvar o golo, quase eminente. Numa dessas jogadas, Melgarejo passou por Carriço a grande velocidade, surgiu só frente a Patrício mas não acertou no alvo.

O Sporting desfrutou de uma grande penalidade que o árbitro marcou por mão (cotovelo) do defesa Ricardo (o que meteu o golo para o Sporting), deixando dúvidas sobre a sua validade, mas Wolfswinkel rematou à figura e gorou-se o 2-0. Imerecido se acontecesse.

Os nervos andavam à flor da pele e João Pereira ainda teve tempo de levar com um amarelo pior causa do seu mau feitio.

Talvez por graça, devido à quadra, o animador do jogo referiu que “contra tudo e contra todos o Sporting ganhou”.

Destaque para Rui Patrício, João Pereira (pelo esforço), Insúa, Elias e Schaars (Sporting), Cássio, Luisinho, Melgarejo, Michel, Filipe Anunciação e André Leão.

Jorge Ferreira (Braga) teve algumas falhas (mandar seguir o jogo com um jogador caído sem chamar o médico, mão na bola marca livre indirecto) mas sem influência no resultado. Inácio Pereira e Nuno Manso foram bons auxiliares, mas o quarto árbitro não precisa de lá estar. Pelo menos este.

As equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Onyewu (Carriço, 26’), Polga e Insúa; Schaars, Rinaudo (60’)e Elias; Carrillo, Wolfswinkel e Izmailov (Pereirinha, 60’).

Paços Ferreira – Cássio; Filipe Anunciação, Ozeia, Ricardo e Luisinho; André Leão e Luiz Carlos (Arturo Alvarez, 88’); Manuel José, Vítor (Josué, 64’), Michel (Christian, 73’) e Melgarejo.

Cartões amarelos para Ricardo (68’), Ozeia (70’), João Pereira (83’) e Carrillo (90+2’)

Artur Madeira

 

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