Liga SAGRES: Benfica, 4 – Nacional, 1
Mais golo menos golo, para o caso, não faz diferença porque o Benfica ganhou bem e como e quando quis, numa espécie de dinâmica que parece ser de campeão, ante um Nacional que tentou dar luta mas que falhou rotundamente por erro de cálculo.
{jathumbnail off}O Benfica entrou rápido e em força e em 20 minutos chegou aos 2-0, que podiam ter sido três não fosse a grande defesa de Marcelo. Tudo fácil.
No primeiro tempo, Aimar foi o grande impulsionador da equipa, desde o primeiro minuto, sendo o obreiro do golo inaugural, logo aos oito minutos. Na marcação de um livre no lado direito, centro com a medida certa Jogada para Garay que cabeceou forte para baliza com a bola a bater num defesa e trair o guarda-redes Marcelo.
Continuando sempre no ataque, nova arrancada de Aimar, sem qualquer adversário por perto, que centrou para um o primeiro remate de Cardozo à trave e depois Nolito a fazer a recarga ao lado.
Aos 21’ surgiu o 2-0. Grande jogada de Gaitan, a começar a ensaiar para a segunda parte, que passa a bola para Cardozo não perdoar.
Nesta altura, o Nacional acusou o toque, embora sem perder o tino da baliza de Artur. Tanto que, aos 38’, chegou ao 2-1, com um golo de Claudemir na marcação de uma grande penalidade por falta cometida por Garay, por suposto empurrão ao atacante madeirense. O que nos pareceu um pouco forçado.
No minuto seguinte, o Benfica aumenta a vantagem. Rodrigo, a passe de Nolito e sem qualquer marcação, finta tudo e todos e marcou sem qualquer dificuldade.
Em cima do 45º minuto o Benfica podia ter aumentado a vantagem, com Aimar isolado, mas não aconteceu.
No segundo tempo, a toada atacante do Benfica manteve-se e o Nacional tentou, ainda, manter o mesmo ritmo, mercê da entrada de dois elementos frescos (Juliano e Candeias) mas depressa se verificou que a “engrenagem” não funcionava.
Jesus ainda entra em “festa” com o árbitro, pelo que foi admoestado sem necessidade nenhuma, se bem que o árbitro auxiliar do lado dos bancos é que levou com a “sopa” de Jesus ao ter assinalado mal (segundo ele) um fora de jogo.
Aos 59’ Rodrigo voltou a ter o golo nos pés mas não deu o rumo certo à bola, se bem que, dois minutos depois, o Benfica chegou ao 4-1. Rodrigo, desta vez lançado por Gaitan, captou a bola e embora fugindo um pouco de mais para a linha de cabeceira, ainda arranjou espaço para mandar a bola para dentro da baliza de um Marcelo já descrente.
Pelo que se via e ainda com meia hora por jogar, a goleada parecia estar à distância de um “clic”. Que não chegou, apesar de Cardozo ter falhado (80’) mais uma grande penalidade, que deixo dúvidas quanto à sua justificação.
Uma exibição convincente do Benfica, desta vez ao “som” das palmas dos 53.238 espectadores presentes na Luz.
Aimar, Gaitan e Rodrigo formaram o trio maravilha deste jogo, bem secundados por Cardozo, Emerson e Wirtsel. No Nacional, relevo para Marcelo (que salvou alguns golos certos), Claudemir, Elizeu, Neto e Keita.
Jorge Sousa (Porto) não teve problemas de maior (a não ser as dúvidas da marcação das duas grandes penalidades) mas mostrou cartões amarelos a mais e foi mal auxiliado pelo assistente do lado do banco dos suplentes, ao não assinalar um fora de jogo (contras o Benfica), que podia dar num golo injusto. Bertino Miranda e José Ramalho foram os assistentes mas não se percebeu qual que o papel do 4º árbitro, sempre em cima de Pedro Caixinha, deixando Jesus estar sempre fora da sua área de intervenção. Pequenas coisas, dirão, mas importantes.
As equipas alinharam:
Benfica – Artur; Matic, Luisão, Garay e Emerson; Witsel, Nolito e Gaitán; Aimar, Cardozo e Rodrigo.
Nacional – Marcelo; Claudemir, Neto, Danielson e Marçal; Elizeu, Todorovic e Skolnik; Oliver, Diego Barcelos e Keita.
Cartões amarelos para Todorovic (15’), Witsel (50’), Claudemir (56’), Diego Barcelos (65’), Neto (78’), Danielson (80’) e Candeias (85’).
Artur Madeira