Em resposta ao comentário da chanceler alemã, Angela Merkel sobre a aplicação dos fundos comunitários na Madeira o Governo Regional afirma “como é que Alemanha, por altura da reunificação, ultrapassou as enormes diferenças estruturais entre Leste e Oeste.”
Na ausência do Chefe do Governo Regional, Alberto João Jardim, foi distribuído um documento de sete pontos do Conselho de Governo Regional, onde é expressa a posição em relação às declarações da chanceler.
E são fortes as criticas, num primeiro ponto o Governo Regional diz “É no mínimo surpreendente, que de entre todos os países que beneficiaram de fundos estruturais da União Europeia, e cujas economias revelam agora falta de competitividade (um problema que como se sabe é transversal a quase todos os estados-membros), a chanceler alemã tenha elegido, gratuitamente, como exemplo uma pequena região ultraperiférica, isolada no Atlântico, com pouco mais de duzentos mil habitantes, sem continuidade territorial com o continente europeu e distante dos centros de decisão”
E mais a frente referencia a União Europeia que sobre a “ Madeira que sempre foi elogiada pelas mais destacadas instâncias europeias como o melhor dos exemplos da boa aplicação dos fundos” .
As declarações da chanceler Merkel para o Governo Regional da Madeira são “próprias de quem não entende os desígnios de uma Europa que deveria ser justa, solidária, unida e fiel aos princípios dos seus fundadores. É própria de quem não conhece as dificuldades de um cidadão europeu…” e relembra o passado à chancheler “Pena que, na sua alocução aos jovens do seu país, a chanceler, Angela Merkel, não tenha explicado como é que Alemanha, por altura da reunificação, ultrapassou as enormes diferenças estruturais entre Leste e Oeste. Ou, por que razão, construiu as melhores vias de comunicação da Europa.
Para finalizar , neste documento lança um apelo o Governo Regional “já agora, a propósito de “túneis”, convenhamos que é de “uma luz no fundo do túnel” que todos os cidadãos europeus anseiam. É nesse desígnio, que na qualidade de líder da maior potência económica da Europa, a chanceler alemã deveria centrar todos os seus esforços. A bem da Europa. E dos europeus. Sejam ricos, sejam pobres.”