Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Onyewu, o Deus do Sporting

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Mais um jogo incaracterístico por parte do Sporting, sem chama nem garra – reclamando de mais, com relevo para João Pereira que vai ficar de fora na próxima jornada – onde Onyewu, com dois golpes certeiros, deu o triunfo que os leões perseguiam. Jogo jogado? Muito pouco!

Liga SAGRES – Sporting, 2 – Beira Mar, 0

Chegando ao intervalo a vencer por duas bolas de vantagem, pode dizer-se que o Sporting “ganhou” vantagem na posse de bola, o que garantiu a vantagem territorial, se bem que, em termos técnicos e tácticos, estes primeiros 45 minutos não foram nada de especial em termos de impacto junto da massa associativa dos leões – a não ser nos golos – dada a pouca clarividência dos jogadores do Sporting, e especial Capel que queria fazer tudo desde que a bola lhe chegasse aos pés. Pouco de proveitoso fez a não ser marcar, com conta, peso e medida, um livre para a cabeçada de Onyewu no segundo golo.

Os aveirenses entraram no jogo para criar perigo, tendo surgido a primeira situação logo no primeiro minuto de jogo, que originou um carta amarelo para Jeffren, ao cortar uma jogada, perto da sua grande área, rasteirando um adversário.

Defendendo bem, Onyewu jogou também bem no contra-ataque, ao saltar mais e melhor que os defesas do Beira Mar (onde estavam os centrais?) e logo por duas vezes, em jogadas praticamente idênticas, para garantir os dois golos e o triunfo que tardava. Uma no seguimento de um pontapé de canto e outra numa de livre do género canto mais curto, em que se elevou no centro da pequena área e bateu o guardião – sem culpas – por duas vezes. A primeira aconteceu aos 17’ e a segunda aos 26’. Uma nota: onde estavam os centrais aveirenses?

O Beira Mar não cruzou nunca os braços e tentava abrir brechas no meio campo sportinguista, embora encontrasse muitas dificuldades e, por outro lado, os seus médios e avançados e médios estavam com a “alça” muito alta para encontrar a direcção da baliza de Rui Patrício. O que se verificou em todo o jogo.

No segundo tempo, o Sporting preocupou-se mais em defender o resultado, pouco produzindo junto da baliza de Jonas, sendo excepção os remates de Seba (59’, 60’ e 75’) que passaram perto dos postes, para além der uma oportunidade do 3-0 que Capel perdeu aos 83’.

Do lado do Beira Mar o cansaço foi visível logo a partir dos 55’, pelo que não se percebeu a ausência de substituições por parte de Rui Bento. Uma teve lugar aos 61’ (entrou Turan, contrapondo à entrada de Carrillo e André Santos no Sporting) para surgir a segunda apenas a quatro minutos dos 90’ Não se percebe.

Como se referiu, João Pereira, mesmo como capitão, foi admoestado um amarelo e podia ter levado o segundo não fosse Duarte Gomes fingir que não viu.

Para gáudio dos 38.405 espectadores (que podiam ter sido muito menos se o jogo fosse à noite, porque havia muitos jovens a assistir), o Sporting ganhou e não perdeu terreno.

No Sporting, relevo para Onyweu, o herói – teve de tudo: ganhou na defesa, marcou os dois golos e levou ainda um amarelo), Maias, Insúa, Capel e João Pereira; no Beira Mar, Jonas, Hugo, Nuno Coelho, Artur, Zhang e Douglas.

O árbitro Duarte Gomes como que deixou andar, cometeu alguns erros de interpretação em relação à lei da vantagem mas esteve bem nos amarelos. Os auxiliares Venâncio Tomé e Pedro Garcia melhor.

As equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Onyweu, Rodriguez e Ínsua; Elias, Renato Neto (André Santos, 59’) e Matias (André Martins, 70’); Jeffren (Carrillo, 56’), Seba e Capel.

Beira-Mar – Jonas; Pedro Moreira, Yohan Tavares, Hugo e Joãozinho (Turan, 86’); Zhang, Nuno Coelho e Nildo; Elio (Serginho, 61’), Artur e Douglas.

Cartões amarelos para Onyewu (1’), Zhang (26’), Pedro Moreira (29’), Joãozinho (37’), Renato Neto (38’), João Pereira (52’), Carrillo (62’) e Rodriguez (66’).

 

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