Depois de seis temporadas, desde 2006, no Campeonato do Mundo de Supersport, a Parkalgar Honda informou que coloca um ponto final na participação nos campeonatos do Mundo de velocidade.
A equipa que tem 2 Vice-Campeonatos do Mundo em 2009 e 2010, 12 vitórias, 29 pódios e mais de 3.000.000€ de impacto mediático por ano, no seu palmarés, liderada por Paulo Pinheiro, viu-se forçada a tomar esta difícil decisão dada a actual conjuntura económica, aliada à falta de patrocínios que continuassem a viabilizar a este projecto que trouxe muitas alegrias deu ao motociclismo nacional, para a economia nacional ( AIA Algarve / Portimão), mas não foi suficiente para o fim da equipa.
Paulo Pinheiro que tentou de todas as formas encontrar parceiros que permitissem à equipa portuguesa lutar pelo título mundial que por duas vezes lhe escapou, mas os seus esforços não se revelaram suficientes “Esta foi uma decisão extremamente difícil de tomar, mas a mais acertada, dada a actual conjuntura económica nacional e internacional.”, disse o lider da Parkalgar, acrescentando ” Foi um projecto extremamente produtivo enquanto durou. Teve como missão levar o nome do Autódromo Internacional do Algarve aos quatro cantos do mundo e isso foi amplamente conseguido.”.
Para situar o porquê da decisão Paulo Pinheiro afirmou ” para 2012, sem o apoio de outros parceiros seria insustentável manter o projecto tal como o idealizámos no início: vencedor. Resta-me agradecer a todos os que fizeram parte da equipa e nos apoiaram ao longo destes anos, em especial a todos os pilotos, Simone Sanna, Eugene Laverty, Sam Lowes, Josh Hayes e em particular ao Miguel Praia, que teve uma evolução extraordinária enquanto piloto e que sempre deu todo o seu melhor ao sucesso da estrutura. Por fim, uma menção muito especial para o nosso malogrado piloto Craig Jones, que nunca será esquecido e que marcou então o início de uma nova era para nós, um piloto fora de série e uma pessoa especial”, disse o administrador da Parkalgar.
O futuro da carreira desportiva do Miguel Praia para 2012, passará por algumas corridas no Campeonato de Mundo de Supersport, como ‘wild-card’, nomeadamente a prova de Portimão do Campeonato do Mundo de Superbikes, em Setembro de 2012, mas irá ser visto com o piloto.
Por outro lado Miguel Praia era um piloto triste, esta decisão deixa o piloto português numa situação algo complexa, “Claro que sinto uma enorme tristeza por este desfecho. Fiz de tudo para conseguir viabilizar o projecto, mas entendo que seja incomportável. Foi um enorme orgulho fazer parte desta equipa. Começámos como a estrutura mais pequena do ‘paddock’ e chegámos onde chegámos. Tive com a Parkalgar Honda os melhores anos da minha carreira desportiva e estou grato por isso. Lamento que os sucessos da equipa não tenham sido suficientes para atrair novos apoios. Infelizmente em Portugal só o futebol é influente em detrimento de outras modalidades que levam o nome de Portugal um pouco por todo o mundo. Resta-me agora procurar um novo rumo para a minha carreira desportiva. Entendo que ainda não chegou a altura de parar e por isso tentarei, a todo o custo, viabilizar um projecto de preferência com a Honda com quem estivemos nos últimos anos”, concluiu.