Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Carrillo abriu o ferrolho com golpe de mestre

Sporting-Maritimo-_N0C7637Depois de várias asneiras – em meia dúzia de vezes não segurou a bola – Carrillo conseguiu abrir o ferrolho dos madeirenses com um golpe de mestre, metendo a cabeça à bola no momento preciso, com uma pujança que fez levantar a rede da baliza de Ricardo, até aí “fechado”.

Se é verdade que o Sporting ganhou bem, há que salientar que o Marítimo mostrou em Alvalade porque “chutou” com o Benfica para fora da Taça. Na primeira parte deu muito trabalho ao Sporting, enquanto este pouco fez, nos primeiros 45 minutos, para começar a resolver o jogo a seu favor.

Foi o Sporting que saiu mas foram os madeirenses que, logo de seguida, fizeram chegar a bola à grande área dos leões, embora sem perigar a baliza de Rui Patrício, situação que se manteve tendo Diwara, por duas vezes, criado alguns problemas para a defesa sportinguista

André Martins era o mais activo na linha da frente. Numa vez fez um excelente remate que levou a bola a passar muito perto da barra da baliza de Ricardo; noutra, foi protagonista do caso que fez “lume” ao vice do Sporting. Isola-se na área do Marítimo e, num ligeiro toque num defesa, cai dentro da área. Quando “toda a gente” pretendia grande penalidade, vê o árbitro a mostrar o amarelo a Martins.

Uma coisa ficou claramente marcada; não foi grande penalidade. Foi Martins quem toca na perna do defesa e cai. O árbitro interpretou como “querer enganar” e mostrou o amarelo. Foi exagerado.

O factor de maior relevo, que irritou toda a gente, foram os cinco cartões mostrados neste primeiro tempo, um ou outro algo forçado por alguns erros de interpretação por parte do árbitro, que foi “incomodado”, no caminho para as cabinas, por Paulo Pereira Cristóvão, vice do Sporting, ao ponto de obrigar o árbitro a pedir, ao agente da PSP no local, a sua identificação. Fair play é que não existe. Mas também Pedro Martins, técnico do Marítimo, segundos antes, levou com uns “piropos” de um elemento ligado ao staff leonino, que não foi possível identificar.

O segundo tempo começou praticamente com o golo do Sporting. Decorria o minuto 48 quando, depois de uma trapalhada de Carrillo (perdendo a bola sem nexo), a jogada passou para o lado contrário e Ínsua capta a bola, progride e passa para Capel, mais à esquerda ainda. Este, de pronto, centra com conta, peso e medida para a direito do seu ataque, onde surgiu o referido Carrillo a saltar mais que o defesa e rematar, de cabeça, com muita força para o golo. Estava feito o 1-0. Uma bela jogada. A única de jeito até aí.

A partir daí, o Sporting cresceu mas o Marítimo não permitia grandes “folias”. No entanto, em dois lances de ataques rápidos pelos leões, o Sporting beneficia de duas grandes penalidades, qualquer delas sem dúvida. A primeira por rasteira a Wolfswinkel (61’) e a segunda por nova rasteira (62’) ao mesmo jogador, levando o árbitro a expulsar Igor, ficando os visitantes apenas com dez jogadores.

Chamado a marcar, Wolfswinkel chutou forte contra o poste esquerdo e golo gora-se. Na segunda vez, tudo igual mas acertou no alvo. A perder por 2-0 e com menos um jogador o Marítimo ainda foi à luta mas o desgaste provocado pelo esforço dispendido, por um lado, e a maior pressão do Sporting, por outro, acabaram por ditar a lei do mais forte.

Pereirinha (69’) substituiu André Martins e teve o 3-0 nos pés, que foi evitado por uma magistral defesa de Ricardo. Marcador que se fixou-se pouco depois quando Insúa marca quiçá, o golo da sua vida (82’), ao desmarcar-se para receber a bola, endossá-la a Capel, voltar a recebê-la e desferir um pontapé forte para defesa de Ricardo, que a afastou para a frente de Ínsua que, de cabeça, não perdoou. O 3-0 chegou a oito minutos do fim. O resultado estava feito.

No Sporting Destaque para Patrício, Onyweu, Capel, Insúa, Wofswinkel e João Pereira enquanto no Maritimo se realçaram Ricardo, Sami, Olim, Briguel e Danilo Dias.

Artur Soares Dias provocou alguma celeuma quanto ao critério da atribuição de cartões (10 amarelos e um vermelho), mostrando alguma “supremacia” superior, já que alguns foram demasiados para a falta em questão. Os auxiliares estiveram sem problemas de maior.

As equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Onyewu, Polga e Insúa; Schaars, Carriço (André Santos, 30’, por lesão) e André Martins (Pereirinha, 69’); Carrillo (Arias, 85’), Wolfswinkel e Capel (Árias, 84’).

Maritimo – Ricardo; Briguel, João Guilherme, Igor e Luís Olim; Rafael Miranda, Roberto Sousa e Olberdam (Benachour, 69’); Danilo Dias (Heldon, 76’), Diawara e Sami (Pouga, 84’)

Cartões amarelos para Polga (16’), Rafael Miranda (18’), Sami (27’), André Santos (30’), André Martins (44’), Briguel (53’), João Guilherme (59’), Insúa (62’), Diawara (64’), Olberdam (68’). Vermelho para Igor Rossi.

Artur Madeira

 

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