Liga dos Campeões – Benfica, 1 – Otelul Galati, 0
Pode dizer-se que não era preciso mais. Entre o mínimo (empatar) e o máximo (ganhar), o Benfica fez por vencer – sem convencer – já que em termos de jogo jogado a posse da bola foi repartida (58-42% para os donos da casa), chegando ao triunfo porque Cardozo aproveitou uma desatenção e só empurrou a bola para dentro a baliza, apenas aos sete minutos de jogo.
{jathumbnail off}Contrariamente ao que aconteceu contra o Hapoel – em que o Benfica entrou a todo o gás – desta vez o Benfica não conseguiu fazer o mesmo, também por arte de um Otelul que fechou bem a linha de meio campo e a defesa, até ao golo (onde houve culpas defensivas) e mesmo ao longo do resto do jogo, uma vez que os homens de Jesus não pareciam dispostos a andar muito depressa, até porque a passagem à fase seguinte da prova estava mais que certa.
O único golo do desafio chegou aos 7’, num ataque do Benfica pelo lado direito, com a bola a ser levada por Gaitán até perto da linha final de onde centrou rasteiro. A defesa, guarda-redes incluído, ficou a “ver navios” e, no poste contrário, Cardozo estava só. A meio metro da linha de golo foi só empurrar.
Aos 16’ o defesa esquerdo do Otelul lesiona-se e é substituído por Ljubinkovic.
A partir do golo, a toada de jogou amornou um pouco só ressurgindo quando, aos 32’. Cardozo, na zona central, remata com força mas a bola saída ao lado da baliza. Na resposta, no minuto seguiste, o Otelul quase esteve a marcar.
Primeiro foi Giurgiu, na grande área do Benfica, a rematar para Artur defender com alguma dificuldade porque apenas conseguiu desviá-la para a frente onde, solto, Paraschiv rematou para Ruben Amorim defender com o corpo quando a bola ia directamente para a abaliza.
Até ao intervalo nada de registo.
No segundo tempo, continua a verificar-se que os jogos correm com a bola e não à bola que corre – daí o equilíbrio na posse da bola – mas foi Cardozo ainda a fazer perigo quando, aos 55’, cabeceia para as nuvens depois de um excelente cruzamento feito, de novo, por Gaitán, o homem do jogo. Cinco minutos depois coube a Javi Garcia tentar a sua sorte, com um potente remate a 40 metros mas que passou a rasar o poste.
Por volta dos 70’ volta-se a assistir a uma maior movimentação de ambas as equipas, com o Otelul a tentar sempre chegar ao golo, tanto que voltou a colocar Artur aprova num remate de Iorga.
Nolito (73’) isola-se mas remata defesa do guarda-redes para canto, que não resulta e dois minutos depois é Filip que volta a “chatiar” Artur, num remate que foi à figura do guardião benfiquista.
Aos 84’, Gaitán lesiona-se, saiu para massagem, regressou ao campo mas não podia mexer-se. Só saiu do campo aos 90’, dos 93 que este durou.
Um triunfo do Benfica que assenta bem, para terminar em beleza este grupo, onde o Manchester United perdeu com o Basileia (2-1), no mesmo grupo dos benfiquistas, se bem que o Otelul demonstrou que tem bom futebol mas pouco acutilante. Pelo menos na Luz.
Gaitán foi o jogador mais influente na equipa do Benfica, onde também estiveram bem Artur, Emerson, Ruben Amorim, Aimar e Garay. No Otelul, referência para Benga, Iorga, Neagu, Giurgiu e Parendija.
O alemão Manuel Grafe esteve excelente em quase tudo. Com uma calma impressionante (gelado, como os alemães), deixou jogar e dominou os acontecimentos, bem ajudado pelos auxiliares Markus Hacker e Guido Kleve.
As equipas:
Benfica – Artur; Ruben Amorim, Garay, Jardel e Emerson; Witsel, Javi Garcia e Aimar (Rodrigo, 69’); Bruno César (Nolito, 56’), Cardozo (Saviola, 78’) e Gaitán.
Otelul Galati – Grahovac; Rapa, Benga, Perendija e Illie (Ljubinkovic, 16’); Neagu (Pena, 69’), Filip e Giurgiu; Antal (Frunza, 80’), Paraschiv e Iorga.
Cartões amarelos para Cardozo (69’), Ljubinkovic (82’) e Giurgiu (85’)
Artur Madeira