Domingo 24 de Novembro de 7450

E vivam os holandeses…

05DEZ_2124_SCP_CFB_cnTaça de Portugal – Sporting, 2 – Belenenses, 0

Dois golos “holandeses” deram o triunfo, que não foi fácil de alcançar, ao Sporting ante um Belenenses que mais jogou no primeiro tempo e que, com naturalidade, se foi “abaixo” logo após ter sofrido o primeiro golo. Isto perante 18.592 espectadores. O que foi bom.

Começando o jogo com lentidão, o Sporting parecia que tinha a eliminatória ganha. A bola pouco passava da linha média dos azuis, numa táctica à zona e quase impenetrável, até porque a velocidade dos jogadores leoninos tinha ficado nas cabinas.

Ainda assim, aos dez minutos foi Schaars que fez o primeiro remate à baliza contrária, onde Coelho defendeu muito bem. Mas foi Patrício que teve de se empenhar mais (25’) quando Rodrigo Nascimento, em contra-ataque, rematou forte para uma excelente defesa do guardião do Sporting.

O “nervosismo” foi evidente no clube de Alvalade – com todas as estrelas a jogar – não se percebendo porquê, e foi novamente o Belenenses que esteve à beira de marcar, desta vez por Vítor Silva que, num voo quase rasante, cabeceou a poucos centímetros do poste.

Esta foi a (pouca) história dos primeiros 45 minutos, cumpridos à risca.

O tempo complementar começou praticamente com o primeiro golo do Sporting. Numa excelente jogada iniciada na linha média sportinguista, a bola passa, consecutivamente, por Carriço, Schaars, Capel e segue para um Insúa deixado sozinho no corredor esquerdo. Aproveitando a embalagem e a vantagem sobre a defesa azul, Insúa centrou para o poste contrário onde surgiu – como tem feito várias vezes – Wolfswinkel a rematar (49’) certeiro para dentro da baliza, ante a estirada de Coelho.

Cinco minutos depois, surgiu o que podia ter sido o caso do jogo. De novo pela esquerda, mas dos pés de Carrillo, que surgiu isolado, surgiu o centro largo para o poste contrário da baliza de Coelho, onde surgiu Capel a rematar para o lado contrário e para dentro da baliza. Em vez de golo, que o árbitro auxiliar sancionou (correndo para a linha de meio campo), Bruno Esteves, o árbitro principal, marcou fora-de-jogo. Ficámos da dúvida.

Logo de seguida, Elias beneficiou da marcação de um livre na linha média dos azuis mas rematou para as nuvens e aos 65’ chegou o 2-0.

De novo com Schaars e Wolfswinkel envolvidos na jogada, a bola saiu dos pés do número 9 com rumo certo ao número 8 que, com um remate enviusado, meteu a bola no fundo da baliza de Coelho pela segunda vez, agora a valer.

Depois deste resultado, o Belenenses manteve-se a dar luta e a contra-atacar (a sua arma mais forte e única para este tipo de adversário) mas não conseguiu mais do que, aos 79’, levar Patrício a fazer uma excelente defesa a soco. Só pelo esforço de todos os seus jogadores, os homens de José Mota mereciam o golo de honra.

Referência para as actuações de Patrício, Onyewu, Capel, João Pereira, Schaars e Wolfswinkel, enquanto no Belenenses se realça o trabalho desenvolvido Coelho, Pedro Ribeiro, Miguel Rosa, Sidnei, Rodrigo Nascimento, Kanu e Vítor Silva.

Bruno Esteves, que veio de Setúbal, não teve influência no resultado, mas mostrou dualidade de critérios na marcação de faltas, para um e para outro lado. Os auxiliares José Gomes e Bruno Trindade, quase não se deram por eles.

As equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; João Pereira (Árias, 79’), Onyewu, Polga e Insúa; Elias (André Martins, 71’), Carriço e Schaars; Bojinov (Carrillo, 45’), Wolfswinkel e Capel.

Belenenses – Coelho; Duarte Machado, Pedro Ribeiro, Kanu e Igor Pita; Vítor Silva (Zaza, 90+1’) e Kouko; Rodrigo Nascimento (Maranhão, 77’), Miguel Rosa e Sidnei (Fredy, 66’); Camará.

Cartões amarelos para Miguel Rosa (12’), Sidney (22’), João Pereira (42’), Camará (59’), Capel (84’) e Igor Pita (90+2’).

Artur Madeira

 

Ver a seguir (abaixo)

 

ARTUR QUARESMA

O silêncio em homenagem

Antes do jogo se iniciar, foi prestada uma singela homenagem ao antigo defesa do Belenenses, Artur Quaresma, que faleceu no passado fim-de-semana.

Tendo sido um dos melhores jogadores portugueses na década de 40 e 50, Quaresma não resistiu e deixou de estar connosco na Terra.

Além do silêncio, uma estrondosa salva de palmas complementou a homenagem.

Paz à sua alma e condolências à família.

 

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