Prémios CDP’2011
A outorga, por parte do Ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, a Carlos Cardoso, Presidente da Confederação do Desporto de Portugal, da Medalha de Mérito Desportivo, foi o acto final de mais uma Gala que este agrupamento de federações desportivas promoveu esta terça-feira.
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Pelo palco do Casino Estoril – com cerca de meio milhar de pessoas – desfilarem mais de uma centena (107 precisamente) de atletas (individuais e enquadrando equipas), treinadores e dirigentes, dos quais 67 representaram a conquista de 67 títulos mundiais e europeus em várias modalidades e disciplinas e ainda nas competições para cidadãos portadores de deficiência.
Outro ponto alto foi a entrega do prémio “Mérito desportivo – Alto Prestígio da CDP”, entregue por Miguel relvas a Luís Filipe Vieira e Luís Godinho Lopes, respectivamente presidentes do Benfica e do Sporting, clubes centenários e que tem feito pela actividade desportiva no país e no estrangeiro um trabalho extraordinário, nas suas várias formas.
Antes, tinham sido distribuídos os troféus respeitantes aos melhores do ano nas vertentes de treinador, jovem promessa, equipa, atleta feminino e masculino. Um processo que passou por duas fases de votação, depois da indicação por parte dos candidatos pelas federações: a primeira por um júri de elementos CDP (que escolheram os cinco melhores em cada categoria) e, a segunda, através de votação pelo público (on-line) e pelos elementos que se deslocaram ao Casino.
Ilídio Vale (treinador), seleccionador dos sub-20 que ficaram em terceiro lugar no mundial da categoria; Francisca Laia (jovem promessa), campeã europeia na canoagem; a selecção nacional de futebol de sub-20 (equipa); Telma Monteiro, campeã europeia de judo (atleta feminina) e Hélder Rodrigues, campeão mundial de motociclismo (atleta masculino) foram os vencedores, após conhecimento da votação final.
A Gala deste ano teve como tema “CPLP – A língua une, o desporto reforça”, recordando os laços de amizade e de união entre os povos de língua portuguesa, dando mote a mais uma edição (8ª) dos jogos da CPLP que, em Junho de 2012, terá lugar em Portugal.
Depois de cada um dos cinco elementos distinguidos como o prémio do ano terem agradecido a todos os que votaram, Luís Filipe Vieira e Godinho Lopes, assinalaram o reconhecimento de cada clube pela outorga do troféu tendo o presidente do Benfica salientado:
“A Lusofonia é um desafio que, se falharmos, vai ter implicações no futuro. O grupo de países que a integra, de língua oficial portuguesa, tem dado a Portugal muito mais do que o nosso país tem dado, seja em que mercado for e, em especial, no mercado afectivo. São situações que temos de reforçar cada vez mais”.
Sem parar e aproveitando o “lugar certo” onde se encontrava, Filipe Vieira salientou ainda que “o racismo não cabe no Benfica” a propósito do que veio a público quanto ao eventual comportamento menos positivo tido por Javi Garcia no jogo contra o Sporting de Braga.
Por seu lado, Godinho Lopes, referiu que “o Sporting vai agora iniciar a diáspora pelos países lusófonos que nos tem dado muito, porquanto amanhã (4ª feira), estaremos a jogar com a selecção de Angola, em Luanda, nas comemorações de mais um aniversário da independência daquele país africano de língua portuguesa.”
Aproveitou ainda Godinho Lopes para salientar que “o prémio que o Sporting ora recebeu é o reconhecimento do trabalho que o clube tem vindo a desenvolver há mais de cem anos, pelo que integro nele todos os desportistas que, ao longo dos anos, serviram o Sporting, a quem dedico este prémio”.
Em tom divertido, Godinho Lopes disse que, em Luanda, para além de homenagear o antigo jogador do clube, Dinis, entregará também ao antigo jogador do Benfica, Mantorras, uma camisola do Sporting porque, segundo ele, “Mantorras, para além de ter jogado no Benfica, é um sportinguista!” Filipe Vieira não respondeu.
Carlos Cardoso, presidente da CDP, salientou estar “reconfortado pela forma como decorreu mais esta Gala, agradecendo a todos os premiados a sua presença, considerando a tónica que demos neste ano, quanto a lusofonia. Espero que este êxito se repita no ano que vem, onde o tema a desenvolver será sobre o jornalismo desportivo.”
Miguel Relvas salientou a importância ”deste evento, em especial para os atletas de modalidades normalmente menos faladas na comunicação social, bem como o facto da lusofonia ter sido a aposta da CDP para este ano”, aproveitando para “enaltecer todos os atletas” e citando um escrito de Agustina Bessa Luís que refere que “só é fabuloso quem acreditar na fábula e, daí, a conquista de muitas medalhas pelos atletas portugueses” fazendo votos para que “os outros sectores da sociedade portuguesa possam atingir os resultados obtidos no desporto.”
Ficou a saber-se, provavelmente por “descuido” de Carlos Cardoso, que o novo Instituto Português do Desporto e Juventude terá não um presidente mas sim uma “presidenta” que, aliás, já terá sido apresentada nos ainda em vigor IDP e IPJ.