Com um triunfo difícil – mais por culpa própria mas também por mérito do União de Leiria – o Sporting chegou ao terceiro lugar e ficou a um ponto de benfiquistas e portistas quando o campeonato concluiu o primeiro terço.
Cumpriu-se a sétima vitória (na presença de 34.214 espectadores, excelente número) neste campeonato mas as exibições do Sporting continuam a ter altos e baixos e que, ao longo dos últimos tempos, tem causado dissabores em Alvalade. Recordem-se o empate (Março deste ano) e o triunfo (Dezembro de 2009), alcançados pelos leirienses.
Começando o jogo como devia, o Sporting instalou-se no meio campo visitante e marcou cedo. Passavam sete minutos quando Matias Fernandez abriu o activo, depois de um centro de João Pereira que levou a bola a ser aliviada por um defesa do Leiria mas a ser parada com o peito pelo médio sportinguista. De imediato colocou a bola no chão, tirou um Tiago Terroso do caminho e rematou rasteiro com a bola passar sob o guardião Gottardi, que não a viu dado que tinha na sua frente o defesa Gaúcho. Apesar da técnica de Matias, a defesa deixou em aberto o buraco que aproveitou para abrir o activo.
A partir daqui, o Sporting tentou caminhar para marcar outro golo, mas Capel (que veio a ser substituído) começou a dar “baile”, como que “dono” da bola – que foi perdendo na maior parte das vezes – tentando provocar faltas dos adversários. Não saiu lesionado por mero acaso.
O Leiria mantinha uma toada rápida da defesa para o ataque, enquanto o Sporting baixou de rendimento. Aproveitou o Leiria para empatar. Ilori tentou atrasar para Patrício mas fê-lo com displicência que Djaniny, atento, aproveitou para se intrometer e rematar para o empate. Estavam passados vinte e dois minutos.
O Sporting foi obrigado a estar mais atento e a atacar, se queria sair vitorioso, se bem que o Leiria também passasse a fazer uma melhor cobertura aos jogadores do Sporting, que encontraram grandes dificuldades, ao ponto de ter sido o Leiria a estar mais perto do golo.
Aos 28’, num falhando da defesa leiriense, Elias atirou ao lado com a baliza aberta. Na resposta, Marcos Paulo (41’) e Maykon (43’) não marcaram por falta de sorte, o mesmo sucedendo a Matias, em cima dos 45 minutos.
Apesar da maior superioridade do Sporting em termos de posse de bola, o empate justificava-se porque era um castigo pelo nível do jogo jogado.
No segundo tempo, numa jogada quase a papel químico, Matias Fernandez voltou a marcar, fazendo o 2-1 aos 47’. Elias a cruzar atrasado para o centro da grande área onde Matias estava sem qualquer marcação. Um remate forte e sem defesa.
Nova “raiva” do Leiria e Maikon (59’) ia chegando, de novo, ao golo, não fosse a bola por si rematada na sequência de um livre se ter desviado um pouco da baliza.
Aos 70’, Djaniny voltou a estar em evidência, falhando um golo certo se não se tivesse atrapalhado depois de mais um “buraco” da defesa leonina. Situação que voltou a verificar-se por mais três vezes e onde os avançados do Leiria falharam por completo com grandes hipóteses de poderem marcar, no seguimento da “pressão” que implementaram.
Um mão de Ivo Pinto, em disputa com Árias, já depois dos 90 minutos, levou o árbitro a expulsar o defesa leiriense, assinalar a grande penalidade que Wolfswinkel não perdoou para chegar ao 3-1, que acaba por ser uma vitória justa do Sporting mas de forma exagerada. Mas como é preciso ganhar, cumpriu-se o objectivo. E agora as “férias” competitivas até ao dia 20 (Taça de Portugal, com o Braga e na Luz, a 26, com o Benfica), se bem que no dia 10 joguem em Luanda, contra a selecção angolana
No Sporting referência especial para Matias Fernandez, e para João Pereira, Evaldo Wolfswinkel, enquanto no Leira se realça Gottardi, Ivo Pinto, Djaniny, Marcos Paulo, Gaúcho e Maykon.
Manuel Mota, que veio de Braga, que não teve influência no resultado, mas teve dualidade de critérios na marcação de faltas, para um e para outro lado. Os auxiliares José Gomes e Bruno Trindade, quase não se deram por eles.
As equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Carriço, Ilori e Evaldo; Elias, Pereirinha (Carrillo, 45’) e Schaars; Matias (Árias, 79’), Wolfswinkel e Capel (André Santos, 62’).
U. Leiria – Gottardi; Ivo Pinto, Gaúcho, Hugo Alcântara (Edson, 9’) e Maykon; André Almeida, Marcos Paulo e Tiago Terroso (Elvis, 53’); Patrick (Luís Leal, 65’), Djaniny e Jô.
Cartão vermelho para Ivo Pinto (um dos melhores jogadores do Leiria) e amarelos para Ilori (9’), André Almeida (29’), Edson (57’) e Schaars (59’)
Artur Madeira
