Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

Benfica adormeceu e …. Adiou decisão.

Benfica-Basel-_N0C7450Para quem marca um golo logo aos 4 minutos de jogo, numa jogada bem delineada, esperava-se que o “turbo” aquecesse-se e o resultado fosse dilatado. Pura mentira. O Benfica “entrou” no devagar dos suíços e os “buracos” do queijo surgiram ao de cima.

Aliás, a própria estatística “fifeira” é clara: ao intervalo, o Benfica tinha 170 (44%) posses de bola e o Basileia 190 (56%). E no decorrer da segunda parte a situação não se modificou muito.

Os donos da casa – embora sem patrão no banco – através de um golo de belo efeito de Rodrigo, o “salvador” da pátria nos dois últimos jogos, colocaram-se em vantagem. Daí que Rodrigo vá continuar de pedra e cal, até porque Cardozo, no pouco que jogou, nada de viu.

Num lançamento longo, da linha lateral, Maxi Pereira colocou a bola na cabeça de Gaitán, que a enviou para trás de si, onde surgiu Rodrigo a chutar com o é esquerdo, em cheio e em arco, que levou a bola entrar junto à trave do lado contrário, com Sommer sem poder fazer nada, até porque não viu a bola partir.

A partir daqui, o Benfica ainda forçou o andamento durante alguns minutos, mas foi o Basileia, por Frei, que incomodou Artur por duas vezes, suíços que começaram a falhar muitos passes, não progredindo no terreno. Neste espaço, o Benfica também não aproveitou, quiçá achando o 1-0 suficiente.

Daí que o intervalo chegasse sem nada de grande impacto, a não ser uma ou outra asneira do espanhol que dirigiu o jogo, bem acompanhado por árbitro-auxiliar da bancada contrária à tribuna de honra.

O segundo tempo começou com a mesma falta de chama como tinha acabado a primeira parte. De um lado e do outro. O Benfica parecia sentir-se cansado e os visitantes continuando no seu jogo de “adormecer”, muito calculista, à espera de algo inesperado. Ou talvez não.

Rodrigo, que tem sido um homem de sorte (está sempre no caminho da bola e da baliza, o que salvou o Benfica em dois jogos seguidos) e também dá sorte à equipa, esteve perto de voltar a marcar mas o “ambiente” morno que se viveu não proporcionou grandes velocidades. Ainda assim, foi o melhor dos encarnados.

Quando não se esperava, o calculismo dos suíços surtiu efeito. Numa arrancada pela esquerda do seu ataque, com a defesa e linha média do Benfica a ficar-se nas “covas”, Chipperfield é lançado em velocidade, controla a bola e faz um centro milimétrico para Huggel, colocado no centro da grande área do Benfica que, sem adversários por perto, remata para o canto direito da baliza de Artur, que não chegou lá. Esteve feito o empate.

A partir daí e tirando mais uma oportunidade perdida por Rodrigo (sempre ele), o jogo desenrolou-se sob comando do Basileia, isto é, em ritmo “cansado”, muitos passes laterais e para trás, com o guarda-redes também a jogar, ante um Benfica rendido.

Um empate escusado, se bem que não coloque em risco o apuramento. Isto se nada de extraordinário se registar até final do grupo. Mas mais vale prevenir do que … remediar.

Rodrigo foi o melhor jogador e Maxi Pereira, Luisão, Gaitan, Garay e o estreante Luís Martins estiveram acima dos demais. Nos suíços, realce para Sommer, Dragovic, Huggel, Chipperfield, Shaqiri e Frei.

O espanhol Carlos Carballo acabou por estar razoável, apesar de alguns erros cometidos, o mesmo sucedendo com os dois árbitros-auxiliares (Roberto Fernandez e Jesus Guadamuro), a falharem em especial no fora-de-jogo.

As equipas alinharam:

Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Luís Martins (Miguel Vítor, 63’); Gaitan (Nolito, 80’), Matic e Bruno César; Aimar (Cardozo, 72’), Rodrigo e Witsel.

Basileia – Sommer; Steinhofer, Abraham, Dragovic e Park Joo Ho; Shaqiri, Huggel, Xhaka (Cabral, 80’) e Frei; Chipperfield (Kusunga, 88’) e Zoua (Kwang Ryong Pak, 90+3’).

Artur Madeira

 

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