Como os versos de uma canção antiga …em cinco minutos … o Sporting marcou, fugiu e goleou sem grande dificuldade, ante um Gil a pagar caro a forma aberta como jogou, em especial na segunda parte. Bom para o Futebol. Apenas isso. Valeu a pena.
Quando se ganha por meia dúzia, poder-se-á dizer que pouco haverá por dizer. Pouco mais que a história dos golos.
Duas partes distintas. Na primeira, embora jogando mais para o golo, como lhe competia, o Sporting não encontrava o caminho para a baliza de Adriano. E foi com algumas culpas do guardião do Gil que os leões chegaram ao 1-0, bem cedo (7’). Não saiu ao cruzamento, a bola chegou a Schaars para rematar, a bola ressaltou para Polga que centrou para Carriço e este não se fez rogado para chegar ao golo.
Dada a maior velocidade do Sporting, parecia que a festa dos golos iria continuar. Mas não foi. Pelo menos até ao intervalo, apesar de João Pereira ter tentado fazer um chapéu a Adriano que este respondeu com uma grande defesa por cima da barra.
No intervalo, a novidade foi a presença de ventoinhas junto ao relvado, para fazer a relva respirar, quiçá, mas que terá deixado algum vento suplementar para esteve na base do Sporting ter metido, entre os 57 e os 65 minutos, três golos sem resposta. E aí o jogo morreu por completo. Apesar da boa luta que o Gil ainda deu, até chegar ao golo de honra. Merecido.
Aos 57’, Wolfswinkel faz – 2-0 de grande penalidade; aos 61’, 3-0 por Capel, que mete a cabeça para golo no seguimento de um passe longo de João Pereira e aos 65’ surgiu o 4-0, de novo por Capel, numa recarga a um primeiro remate de Carrillo que Adriano defendeu.
Com a entrada de Carrillo e Bojinov, o Sporting reforçou o ataque e a velocidade de ponta, se bem que fosse o Gil a marcar o ponto de honra (74’), por Roberto, numa excelente cabeçada que Patrício não conseguiu deter.
Mas cinco minutos depois foi Bojinov a fazer o 5-1, a passe de Carrillo, depois de tirar um adversário do caminho da bola, tendo Bojinov bisado aos 90+2”. Fixando o resultado final em 6-1.
Poder-se-á dizer que foi um castigo grande para o Gil, o que achamos correcto, mas não há dúvida que o atrevimento nem sempre dá bons resultados. O Sporting funcionou, desta vez, como um harmónio afinado, com a bola a sair da defesa para a linha médica e para o ataque de formas fluida, começando em João Pereira, passando por Matias e depois Carrilho e chegando a Capel, Wolfswinkel e Bojinov de forma a rematar para golo.
No Sporting referência especial para João Pereira e Capel, os melhores, para além de Carriço, Carrillo, Bojinov e Polga, este que tentou por duas vezes o golo, sem êxito.
No Gil, saliência para Adriano (apesar dos seis golos sofridos), Sandro, Halisson, Luís Carlos, Richard e Guilherme.
João Capela não cometeu erros de palmatória, pelo que não teve influência no resultado, tendo estado bem nos amarelos mostrados. Os auxiliares Ricardo Santos e Tiago Rocha, quase não se deram por eles.
As equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Carriço, Polga e Insúa; Elias, Rinaudo (Rubio, 68’) e Schaars; Matias (Carrillo, 62’), Wolfswinkel e Capel (Bojinov, 73’).
Gil Vicente – Adriano; Éder, Halisson, Sandro e Caiçara; Luís Manuel, Pedro Moreira (Guilherme, 28’) e Sidnei; Luís Carlos (Yero, 80’), Laionel (Roberto, 52’) e Richard.
Cartões: Amarelos para Pedro Moreira (24’), Rinaudo (35’), Luís Carlos (36’), Halisson (56’) e Insúa (83’).
Artur Madeira