Liga Zon_SAGRES – Benfica, 4 – Paços Ferreira, 1
Tendo ganho bem, o resultado final acaba por ser exagerado (o 3-1 ficaria melhor) em relação ao jogo jogado e atendendo ainda a mais dois factores; o golo de Luisão foi consentido e o de Nolito pareceu ter sido obtido em fora-de-jogo. Para a história fica o 4-1.
Ainda que entrando numa toada morna, o Benfica podia ter marcado logo aos 6’ embora num erro clamoroso do árbitro auxiliar que não assinalou o primeiro fora-de-jogo a Cardozo. A bola foi rechaçada e voltou a Cardozo que, de novo, estava em fora-de-jogo. Felizmente que aí o referido auxiliar já levantou a bandeira.
A toada vagarosa manteve-se até cerca dos 18’, porque o Paços também fechou bem os caminhos para a baliza de Cassio, quando o Benfica começou a abrir os horizontes. No lado direito do seu ataque, Maxi Pereira faz um passe longo para a baliza, a bola chega quase à linha final, no lado contrário, onde Cardozo se eleva bem, cabeceia para dentro da área e surge Saviola, completamente só, a chutar para o golo, com a defesa (Cassio incluído) a olhar sem fazerem nada. Estava feito o 1-0 (21’).
O Benfica animou mais um pouco, com o apoio do público (33.476 espectadores) mas foi sol de pouca dura. Só aos 42’ é que surge um lance de perigo para a área do opacos, com Cassio a abandonar extemporaneamente da baliza e não deu golo por acaso. Foi preciso apenas um minuto (43’) para o Benfica chegar ao 2-0, de novo com um golo de Saviola, depois de, no seguimento do canto marcado por Bruno César para o poste mais longe, o número 30 receber a bola e chutar à vontade, com a bola a bater na parte de dentro do poste do outro lado e seguir até ao fundo da rede.
O Benfica ainda reclama uma grande penalidade a seu favor (que parece não ter existido), mas o intervalo chega sem mudanças. O que se verificou logo aos 51’ (seis da segunda parte) quando Luisão “ceifa” por completo um adversário dentro da área, vê amarelo e grande penalidade. Que Michel (que havia entrado) marcou de forma impecável para o 2-1.
O Benfica acusou o “toque” e o 2-2 esteve perto. Melgarejo surge só frente a Artur mas, sem arte, rematou com força mas na dilecção do guardião, que guardou bem a bola.
O que levou o Benfica a “acordar”, passar mais para o ataque e, depois de algumas jogadas de bom recorte, o capitão Luisão chega ao 3-1 (65’). No seguimento de um livre de Maxi Pereira para o poste mais longe da baliza, Luisão – ante a passividade de toda a defesa, guarda-redes incluído – sobe lá acima e remate para o golo sem dificuldades.
Um minuto depois (66’), o Benfica chega ao 4-1. Em mais um ataque, a bola chega a Nolito, claramente em posição de fora-de-jogo (não assinalado) dentro da área pacense e remata sem defesa.
Embora a 24 minutos do final do jogo, esperava-se que o ritmo baixasse de intensidade (o Benfica satisfeito com os 4-1 e a dominar “suavemente” e o Paços a não ter força anímica para subir muito, embora ainda o tenha feito mas sem resultados práticos), o que se verificou e foi só cumprir os 47 minutos deste segundo tempo.
No Benfica, estiveram em destaque Emerson, Aimar, Luisão, Bruno César, Gaitan e Saviola; no Paços, relevo para (apesar de tudo) Cassio e ainda Cohene, Josué, Filgueiras, Melgarejo e Michel.
Bruno Esteves (Setúbal) – que também apitou o último jogo na Luz, a contar para a Liga Sagres, em 29 de Outubro do ano passado – esteve bem na marcação das principais faltas, apesar de uma certa dualidade de critérios, mas falou demais com os jogadores. Os seus auxiliares Mário Dionísio e Rui Cidade falharam na questão da marcação de dois foras-de-jogo (um para um) que podiam ter dado “chatice”.
As equipas alinharam:
Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Emerson; Matic, Aimar e Bruno César (Nolito, 60’); Saviola (Rodrigo Moreno, 77’), Gaitan (Witsel, 73’), Cardozo.
Paços de Ferreira – Cassio; Figueiras, Cohene, Eridson e Luisinho; Josué (Sassá, 63’), Filipe Anunciação e Luiz Carlos; Melgarejo (Caetano, 77’), William (Michel, 35’) e Vítor.
Cartões amarelos para Melgarejo (8’), Matic (45’); Luisão (50’), Gaitan (51’), Josué (53’), Luisinho (67’) e Nolito (87’).