No documento hoje divulgado a Organização Mundial do trabalho alerta que a desaceleração na economia global poderá resultar em um défice de empregos maciça entre os membros do G20 no próximo ano.
O alerta da Organização Internacional do Trabalho (OIT) vem de um estudo conjunto elaborado com a OCDE a pedido do G20 para a sua reunião de trabalho ministerial em Paris em 26-27 de Setembro.
O estudo apresentado pela OIT e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico também diz que as taxas de crescimento do emprego em 1% não será suficiente para recuperar os cerca de 20 milhões de empregos perdidos no G20 desde o início da crise em 2008.
“Devemos agir agora para reverter a desaceleração do crescimento do emprego e compensar os empregos perdidos. É absolutamente essencial para dar prioridade ao trabalho decente e ao investimento na economia real, e para que isso aconteça precisamos determinada a cooperação global “, afirmou o diretor geral da OIT Juan Somavia. “Precisamos voltar para os compromissos de Pittsburgh e Seoul” , a necessidade de colocar no centro da recuperação os postos de trabalho de qualidade.
A OIT / OCDE constatam neste estudo do emprego, que este teria de crescer a uma taxa anual de pelo menos 1,3%, a fim de recuperar o valor da taxa de emprego ( a de 2008)em 2015. Tal taxa de crescimento geraria cerca de 21 milhões de novos empregos por ano, recuperar empregos perdidos desde 2008 e absorver o aumento da população em idade activa.
Mas a realidade cria a preocupação, o emprego pode crescer a uma taxa inferior a 1% (0,8) até o final de 2012, resultando daí um défice de emprego 40 milhões em países do G20 no próximo ano e um défice muito maior em 2015.
O documento também mostra como a protecção social tem desempenhado um papel importante durante a crise em alguns países, protegendo os pobres e outros grupos vulneráveis, ajudando a estabilizar a demanda por bens e serviços, e por capacitar as pessoas para aproveitar as oportunidades económicas.