Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Benfica não soube … ganhar!

Benfica-ManchesterUtdPelo maior número de jogadas com perigo e mais oportunidades, o Benfica não soube ganhar ante um United que surgiu nas Luz apenas para não perder. Calculistas q.b., os jogadores britânicos quase se limitaram a passar a bola de uns para os outros e para o guarda-redes. Um empate que até foi bom, não vá o diabo tecê-las mais para a frente…

No 13º jogo contra equipas inglesas, o Benfica não venceu mas conseguiu o primeiro empate (global) contra o United, a quem vencera uma vez e perdera 6. Um pecúlio pobre. Para mais – e apenas como curiosidade – o facto da equipa de arbitragem desta noite ter vestido de verde!

Após o apoio inicial do árbitro – que dirigiu bem, sem problemas de maior e sem influência no marcador – o Benfica tentou a sua sorte, tendo, aos 17 minutos, Gaitán rematado forte mas a bola sai pelo lado contrário e perto do poste. Três minutos depois, foi Cardozo que remata com força mas à figura do guarda-redes britânico.

Daí e até ao golo de Cardozo foram precisos apenas quatro minutos. Dando sequência a um passe longe de Gaitán – o melhor jogador em campo – Cardozo parou a bola, rodou sobre a sua esquerda e, de frente para a baliza, rematou sem defesa. Estava feito o justificado 1-0.

Tendo acusado o “toque”, o United começou a avançar mais no terreno, ainda que com a “fleuma” e “quietude” britânica. Num ápice, a bola “solta-se” para os pés de Fábio que, com um passe soberbo, coloca a bola nos pés de Giggs. Domina-se, vira-se para baliza, sob a esquerda, e remate sem apelo nem agravo para o empate. Foi aos 42 minutos.

Aproveitando um, natural, “desnorte” do Benfica, o United esteve à beira de chegar ao segundo golo, valendo a acção de Luisão (outro esteio da noite) para o evitar.

Quem vê a estatística, verificou que o Benfica, apesar de ter dominado nas oportunidades e ter sido mais empolgante, teve só 39% de posse de bola na parte inicial. O United “ficou” com 61%. Perfeitamente enganador. Posse de bola não significa jogar mais.

Logo a segundo minuto da segunda parte, o United podia ter passado para a frente no marcador. Valência aproveitou uma bola perdida e, quase sobre a linha final, no seu lado direito, remata com força – tentando que ela tabelasse em alguém para entrar – mas a bola saiu pelo outro lado, embora não muito longe do poste.

Aos 54 minutos, Máxi Pereira aparece isolado ante o guardião Lindegaard mas em posição de fora-de-jogo (bem tirado), altura em Nolito substitui Ruben Micael para tentar dar a volta ao resultado. Como que “nervoso”, falhou mais do que aquilo que aproveitou.

Aos 63 minutos, Riggs volta a estar em evidência e, só frente a Artur, remata para as mãos do guardião benfiquista.

Apesar disso, o Benfica ainda continua a dar sinais de que quer sair a vencer e Emerson (67’) foi egoísta e em vez de passar a bola para o centro da área fez um “pão” mas para fora. Para refrescar o meio-campo e o ataque, Hernandez e Nani entram para, como se viu, apenas segurar o resultado.

Aos 76’ Gaitán obriga Lindgaard a uma grande defesa, após um forte remate de longe e só aos 87 minutos é que Nolito deu um ar da sua graça ao perder a hipótese de marcar, rematando ao lado do poste, embora acossado por Smaling.

Esquisito foi Jorge Jesus substituir Gaitán em cima dos 90 minutos (ter-se-á esquecido que tinha mais uma para cumprir?). De registar o facto de o Estádio ter registado a sua maior enchente destes +últimos tempos, com 63.828 espectadores.

Como se referiu, Gaitán e Luisão foram os “maiores”, com destaque também para Artur, Javi Garcia, Maxi Pereira e Aimar. Nos britânicos, saliência para Lindgaard, Giggs, Evans, Park Ji-Sung e Valência, com Rooney praticamente a passear durante todo o jogo.

As equipas alinharam:

Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Emerson; Ruben Amorim (Nolito, 55’), Javi Garcia e Witsel; Aimar (Matic, 74’), Cardozo e Gaitán (Bruno César, 90’).

M. United – Lindgaard; Fabio (Phil Jones, 76’), Evans, Smalling e Evra; Fletcher (Hernandez, 67’), Carrick e Giggs; Valencia (Nani, 67’), Rooney e Park Ji-Sung.

Cartões amarelos para Rooney (26’), Aimar (38’), Maxi Pereira (61’), Carrick (64’) e Gaitán (69’).

Artur Madeira

 

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