Se bem que a vitória (2-1) do Benfica fosse merecida – jogou melhor e meteu mais golos que o Vitória – a verdade é que foram precisas três grandes penalidades para que os homens de Jesus chegassem ao fim em vencedoras. O que quer dizer que, em jogo jogado, a situação não foi brilhante. Mas contam os pontos, o mais importante.
Foi, aliás, o Vitória que começou por criar perigo, com Edgar (que marcou o golo, na segunda parte), ainda não havia o minuto de jogo, a rematar ao lado do poste para, dois minutos depois, Artur se impor com uma defesa para canto.
Só a partir do quarto de hora é que o Benfica começou a aliviar a pressão visitante, equilibrou a partida em tempo de bola e deu passos para tentar chegar ao golo.
Numa das insistências, a bola chegou a Saviola que, dentro da área e junto à linha de canto, foi empurrado, pelas costas, por N’Diaye. Grande penalidade, sem dúvida, com culpa para o defesa, que podia ter evitado a situação. Decorria o minuto 33 e Cardozo, com remate colocado, fez o 1-0.
Dois minutos depois, o Benfica podia ter chegado ao 2-0. Adoua desviou o remate de Saviola com a mão e Duarte Gomes não perdoou. Chamado a uma segunda marcação, Cardozo atirou a bola à barra e…nada feito. Se a bola tem entrado, estamos em crer que o jogo acabava por aí. Por um lado, ainda bem.
Mais solto, ainda que com um jogo jogado de complicações, perdendo muito a bola nos passes, o Benfica teimava, como lhe competia. E nova situação de grande penalidade (44’) dava ao Benfica uma nova vantagem. Agora foi N’Diaye que terá defendido um forte remate de Saviola, na zona central da sua área, com a mão. Grande dúvidas porque nos pareceu que o defesa defendeu com o peito e a cabeça. Não entendeu assim Duarte Gomes, que mostrou mais um amarelo.
Cardozo, de novo, fez o que tinha feito no primeiro (remate rasteiro para o lado esquerdo de Nilson) e fez o 2-0 (45’). Logo a seguir, já em tempo de desconto, Gaitan centrou para bruno César mas este não deu o melhor seguimento à bola.
No segundo tempo, o ritmo amornou, embora Saviola (49’) tivesse perdido uma boa oportunidade de golo, tal como Garay (55’) respondeu de rompante a um centro de Saviola mas fez subir muito a bola.
Mas o Vitória continua a insistir. A entrada de Nuno Assis (56’) deu uma nova vida à equipa e o golo surgiu pouco depois. Num rápido lançamento do guardião Nilson, a bola cheia, na linha média da defesa do Benfica, a Edgar que, aguentando a carga de Emerson e Garay, chutou transviado, Artur sai da baliza, a bola bate-lhe na perna, passando por baixo do corpo, vai directo para a baliza deserta e estava feito o 2-1 aos 62’.
O Benfica tremeu um pouco, aguentou e voltou à frente mas, apesar das substituições, nada de novo surgiu, num final algo quezilento, espaço em Duarte Gomes aplicou mais cinco amarelos (entre os 83 e os 90+2’).
No Benfica, referência para Emerson, Luisão, Cardozo, Gaitan, Saviola e Aimar. No Vitória, Nilson foi o melhor, seguido de Edgar, El Adoua, João Paulo, Alex, Bruno Teles e Nuno Assis.
Duarte Gomes terá “falhado” apenas na marcação da terceira grande penalidade. De resto bem, como os seus auxiliares: Venâncio Tomé e Pedro Garcia.
Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Emerson; Witsel, Javi Garcia e Bruno César (Nolito, 56’); Gaitán (Matic, 89’), Cardozo e Saviola (Aimar, 60’).
Guimarães – Nilson; Alex, N’Diaye, João Paulo e Bruno Teles; Olímpio (João Alves, 69’, Barrientos (Assis, 56’) e El Adoua; Toscano (Soudani, 81’), Edgar e Faouzi.
Cartões amarelos para Garay (68’), Emerson (83’), Maxi Pereira (87’), Artur (90+2’); Alex (20’), João Paulo (35’), El Adoua e João Paulo (35’), Bruno Teles (42’), N’diaye (44’) e João Alves (85’)
Artur Madeira