Quarta-feira 27 de Novembro de 2024

Futebol – Arbitragem: Sporting com alguma razão

arbitro-maoO Sporting, por intermédio do Presidente do Conselho Directivo, Godinho Lopes, viu-se, uma vez mais, na necessidade de vir a lume – neste caso após o jogo Sporting-Maritimo, que os leões perderam por 2-3 – clamar por situações que, em sua opinião, foram contrárias às leis e voltaram a prejudicar o Sporting.

Das referidas, três respeitavam a anulação de um golo, uma grande penalidade não marcada e o critério da amostragem de cartões amarelos.Na crónica feita a propósito do jogo e porque directa, sem direito a rever as imagens, nem sempre retemos todos os pormenores, pelo que há que esclarecer o referido em relação a Pedro Proença. Escrevemos assim: “Foram erros a mais do Sporting como, aliás, o técnico assumiu. O que nem Pedro Proença nem a sua equipa tiveram a ver isso”.

Assim quanto à anulação do golo (21′) recorda-se que Schaars marcou um livre a meio campo defendido pelo Marítimo. Como se pode verificar pelas imagens, a bola segue na direcção de Postiga (em posição de fora de jogo ainda antes da boa partir) e com Evaldo centímetros atrás, ainda assim também em fora de jogo.

Infere-se que, um e outro, estão a tirar vantagem da posição. Vantagem (em que estavam) que só se veio a configurar quando Evaldo, isolado, ao lado de Postiga, faz a recarga à má defesa de Peçanha e mete golo.

Como o fora de jogo é “tirado” quando a bola parte (e outra coisa não podia ser), ficou o registo visual e memorial do árbitro auxiliar para ver se um dos dois jogadores (Postiga ou Evaldo) pudesse tocar a bola, como refere a lei. Logo que isso aconteceu, o auxiliar levantou a bandeira. Muito bem. Mas foi pena que, para evitar este tipo de situações, não tivesse assinalado logo quando a bola partiu, porque os dois estavam a “tirar vantagem da posição” irregular em que se encontravam. São coisas que devem ser ensinadas nos cursos.

Tem razão o Sporting na questão da grande penalidade sobre Schaars, que é agarrado, apertado e depois abanado. Proença não viu. E como a bola seguiu para outro jogador do Sporting, passou ao “largo”.

Na questão do maior número de amarelos mostrados aos jogadores do Sporting há uma coisa que se tem de dizer: muitas destas situações são “premeditadas” pelos jogadores (não só do Sporting, como é claro), que abusam. São “provocadores”, como que a “jogar” para afastar os adversários do campo (bastam dois amarelos) para ganhar vantagem numérica e assim poderem dar a volta ao resultado, se for caso disso. A isto chama-se falta de ética, no mínimo.

Embora com as várias sanções tipificadas na Lei XII, a verdade é que, muitas vezes, é difícil ao árbitro verificar a “maldade” que vai na cabeça (e no acto) de cada um.

Daí que a situação verificada entre Roberto e Wolfswinkel se possa integrar nas situações tipificadas, sem “atingir” a perigosidade, segundo a opinião do árbitro.

Talvez seja bom que os auxiliares, no que se refere aos foras de jogo, actuem de imediato, ou seja, logo que a bola parte e que sigam a trajectória da bola. Por certo que evitariam este tipo de problemas.

Artur Madeira

 

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