Quarta-feira 27 de Novembro de 2024

DAEGU’2011: João Vieira o melhor luso. Naide no pior de sempre

open_day_coreiaJoão Vieira foi o melhor atleta português neste segundo dia do mundial de Daegu, cumprindo dois objectivos: ficar nos semi-finalistas (primeiros 16) e completar a prova com um tempo que rondou o seu melhor deste ano.

Durante bastante tempo no enorme grupo dos primeiros, Vieira começou a perder terreno desde quer os russos passaram a acelerar o passo embora se mantendo com um ritmo do que tinha feito este ano e que garantira a presença neste mundial.

Vieira completou os 20 km (marcha) no tempo de 1.23.26 (1.22.44 como mínimo) e fixou-se no 16º lugar, na prova ganha pelo russo Valeriy Borchine (1.19.56). Participaram 46 marchadores.

Mas se este foi um bom resultado e servir lastro para resto do dia, a verdade é que os restantes portugueses estiveram bem longe do que se poderia esperar.

Naide Gomes – com falta de chama e de motivação, provavelmente pela dor que a tem atormentado no pé – fez, senão o pior, um dos piores resultados da sua brilhante carreira desportiva e que não merecia.

O resultado alcançado (6,26) é a prova disso, facto que a impediu de estar nos três ensaios complementares, sendo 10ª entre as 12 finalistas (em termos estatísticos conta como semi-finalista, entre as 16 primeiras), em prova ganha pela norte-americana Brittney Reese, com 6,82, no único ensaio válido e logo a abrir o concurso.

Nos 10.000 metros, sabia-se que Rui Silva não tinha grandes hipóteses de brilhar ante a “armada” africana – como se provou – terminando no 11º lugar (entre os 16 finalistas chegados ao fim) com 28.48,62, bem longe dos 27.53,55 com que se apresentou, se bem que cumprindo o seu papel (semi-finalista).

O final desta corrida foi “explosivo” com a vitória do praticamente desconhecido etíope Ibrahim Jelan, com 27.13,81, ante o super-favorito Mohamed Farah (G. Bretanha), que perdeu nos metros finais

De salientar o fraquíssimo número de atletas presentes (19) ao que outrora obrigava a eliminatórias e finais. E a que se deve, este ano, ao facto de estes campeonatos serem tarde demais no calendário, competições que deveriam terminar dentro da primeira quinzena de Agosto.

Eleonor Tavares foi a outra atleta portuguesa presente nesta segunda jornada e passou despercebida, conseguindo a 26ª posição entre as 33 participantes, depois de saltar apenas 4,25 (13ª no seu grupo).

Com um recorde pessoal (e nacional) de 4,50 esperava-se mais, se bem que não fosse suficiente para chegar à final, pese embora duas atletas tenham sido apuradas precisamente com esta marca.

Com o fim deste segundo dia, completou-se a 7ª final destes campeonatos, onde já se pode observar o quadro de medalhas e perspectivar a supremacia que advirá dos norte-americanos e dos russos, se bem que seja o Quénia que esteja na liderança, somando 6 medalhas (2 de prata, 2 de prata e 2 de bronze), seguindo-se os Estados Unidos, com 4 (2-2-0), Rússia, com 3 (1-2-0).

Na madrugada segunda-feira

Para esta segunda-feira (entre as 2.40 e as 4.20 da madrugada) mais três portugueses vão entrar em acção, como são os casos de Alberto Paulo, Jorge Paula e Vera Barbosa.

Nos obstáculos, Alberto surge com o penúltimo tempo (8.28,20) entre os 11 que tomam parte na terceira eliminatória, prova que conta com cinco eliminatórias, num total de 35 participantes, registando-se três eliminatórias.

Nas barreiras, Jorge Paula e Vera Barbosa apenas pensam em passar à fase seguinte – o que será muito bom. Jorge tem como registo 49,72, o sexto tempo entre os sete presentes, numa prova com 34 inscritos, enquanto Vera possui o registo de 55,81, o 4º entre as sete concorrentes nesta 1ª eliminatória. Apuram-se os quatro primeiros de cada eliminatória e os restantes quatro melhores.

Artur Madeira

 

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