Sábado 23 de Novembro de 6058

ATLETISMO – MUNDIAL DE 2011

Atletismo__fpa_30JUL__2525_Vinte e quatro portugueses presentes

Com toda a comitiva instalada em Daegu (Coreia do Sul), ultimam-se os pormenores técnicos, físicos e, em especial, psicológicos dos vinte e quatro atletas (doze masculinos e doze femininos) que compõem a formação lusa, competição que se inicia no sábado (27).


Especial relevo vai para o único medalhado em título, como é o caso de Nelson Évora, (ouro em 2007 – a 17,74 – e prata em 2009 – a 17,44, no triplo-salto), atleta que chega a este mundial depois de um ano de paragem (lesões e falecimento do pai) e com o melhor salto a 17,31, com o qual ganhou o ouro na recente Universíada, na China, marca que corresponde à oitava entre os 31 pré-inscritos para este mundial, o que abre perspectivas de estar na final sem problemas.

Dentro do quadro de medalhas, inclui-se ainda Naide Gomes, no comprimento, que levou na bagagem o melhor salto deste ano a 6,79 e que é a 18ª entre as 37 pré-inscritas, o que pode redundar em dificuldades acrescidas para chegar à final, pelo menos do ponto de vista psicológico.

Em melhor posição está o estreante Marcos Chuva que, com 8,34 no comprimento, é o sexto entre os 36 também pré-inscritos, tudo dependendo com reagir aos três factos primordiais: a adaptação ao fuso horário (mais tarde 7 horas em relação a Portugal – o que é comum a todos) e a adaptação a ter que fazer a prova de qualificação da parte da manhã e ao ambiente que se poderá viver no estádio, por norma a “abarrotar” de gente.

Jessica Augusto (colocando-se aqui ainda Dulce Félix, na dupla légua) e Sara Moreira – campeãs europeias – irão encontrar grandes dificuldades quer nos 10.000 quer nos 3.000 metros-obstáculos face à supremacia do continente africano, sendo que Rui Silva (bronze em 2005, nos 1.500 metros) sofrerá o mesmo mas nos 10.000 metros.

Na marcha – sendo de realçar o facto de Susana Feitor, ao participar no seu 11º mundial, passar a ser a recordista mundial neste aspecto – não haverá as africanas mas as europeias tem sido as dominadoras por larga margem. Daí as dificuldades acrescidas para Inês Henriques e Ana Cabecinha, que registam o 14º e 21º tempo (19º para Susana) entre as 53 pré-inscritas.

Regista-se a ausência de Francis Obikwelu (lesionado) – tal como Sílvia Cruz (dardo) – sendo que mais falta faria Francis para os 4×100 metros, embora o mínimo fosse alcançado com ele ausente da equipa.

De resto, os restantes elementos presentes tentarão chegar ao seu melhor. Aliás, será bom que tenham presente que não importa alcançar os mínimos para participar mas, também, os máximos para obter melhores lugares.

Desde o seu início (1983) que Portugal está no mundial. Os mais produtivos, em termos de medalhas, foram em Gotemburgo (1995) e Atenas (1997), com quatro medalhas conquistadas. Fernanda Ribeiro conquistou quatro e Manuela Machado e Carla Sacramento, duas cada. Bons tempos. Entre 1993 e 1997 e entre 2005 e 2009, Portugal trouxe sempre medalhas. De três em três anos. Teremos 2011 como quarto ano consecutivo? Esperemos que sim!.

Na madrugada de sábado começará a luta, abrindo a competição com Marisa Barros na maratona (uma da madrugada em Portugal). Segue-se Sara Moreira, Edi Maia e Naide Gomes na qualificação dos obstáculos, vara e comprimento, respectivamente. Pelo meio, a final dos 10.000 metros com Jessica Augusto e Dulce Félix.

 

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