O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ilibou os nadadores olímpicos brasileiros Cesar Cielo (campeão olímpico), Nicolas dos Santos e Henrique Barbosa do “consumo” de produtos contendo a substância “Furosemida”, que integra a lista das substâncias proibidas da Agência Mundial Antidopagem (AMA) e é um fármaco anti-hipertensivo.
De acordo com a informação recolhida na página do INFARMED, “a furosemida é um diurético potente de início de acção relativamente rápido, ou seja, inibe a reabsorção dos iões Na +, K + e 2C1- aumentando a secreção de urina e, desse modo, causa a diminuição do volume do sangue e consequentemente a diminuição da pressão arterial”.
Os atletas, ouvidos pelo TAS em Xangai (onde amanhã se inicia mais uma edição do campeonato do mundo de natação), justificaram-se com a utilização de um suplemento alimentar que continha a substância, o que a farmácia que o vendeu não confirmou.
Os atletas não foram suspensos pela Confederação Brasileira de Natação (CBN), o que deu origem a um recurso apresentado pela Federação Internacional de Natação (FINA).
A decisão ora tomada, com base no que os atletas afirmaram (utilização de de um complemento alimentar à base de cafeína, que utilizam regularmente) decidiu rejeitar o recurso da FINA e deixar os atletas em “paz”, considerando-os “limpos”, isto é, permitir que tomem parte neste mundial de Xangai.
Estes foram os dados tornados públicos pelo TAS, deixando para mais tarde a divulgação de todo o processo, quando emitir a totalidade do acórdão, cujas conclusões, como se referiu, foi pela rejeição/arquivamento do recurso da FINA.
Uma decisão que pode começar a abalar os esforços que a AMA e todas as federações Mundiais e Europeias tem feito na luta contra a dopagem no desporto, onde já foram investidos, até pelos próprios países, largos milhares de milhões de euros.
Sérgio Luso
