Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

O perigo cada vez é … maior

RedeBalizaPelo que se tem visto até ao momento, no que às aquisições de jogadores feitas pelos vários emblemas nacionais diz respeito, o número de jogadores que estão a chegar a Portugal, de uma forma geral, é elevado e correspondem a estrangeiros que mais não são, até agora, “caixas fechadas”.

Com o andar da competição, logo se verá o que cada um vale e se valeu a pena o investimento, uns caros demais, outros nem tanto e, provavelmente, uma boa mão cheia de dos que não deveriam ter sido contratados.

Vem isto a propósito dos lamentos que se vão fazendo sentir não só por parte de algumas figuras proeminentes do futebol português mas, de uma forma geral, por parte de todos os interessados pelo desporto em Portugal dado que a situação, uma vez mais, é prejudicial para os milhares de jovens que procuram um lugar ao sol nas nossas selecções – com relevo para a de topo – e que não jogam o suficiente para que sejam avaliados pelos respectivos seleccionadores.

Para além dos milhões de euros que saem do país sem que se justifique, minimamente, a qualidade dos artistas – o que é negativo em especial no momento que o país atravessa – a situação torna-se mais desagradável pelo facto da entrada massiva de jogadores estrangeiros prejudicar a evolução dos jovens portugueses, obrigados a emigrar para fazer “músculo” e criarem arcaboiço para um dia, não se sabendo quando, poderem vestir a camisola da selecção nacional.

Uma vez mais, o interesse comercial de alguns – que não conseguem justificar o investimento feito – suplanta os interesses nacionais. De cidadania.

São os dirigentes que temos (e que merecemos, como referiu Marcelo Caetano quando se viu obrigado a sair de Portugal), a quem ninguém consegue impedir de continuar a lapidar o património nacional e a gastar (despesismo) o que não têm para investir em “qualquer coisa” que nunca se sabe o que vai dar. E não alimenta ninguém!

Quando é que mete a “mão” a sério no “sistema”?

Quem têm a coragem de o fazer?

Ao que parece, tudo ficará na mesma. Aliás, pior! É que os ventos favoráveis não existem.

Sérgio Luso

 

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