Sábado 23 de Novembro de 2024

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Portugal-NoruegaCom um Ronaldo apático, sem chama, enfadonho (que devia ter sido substituído), e num jogo globalmente fraco do ponto de vista técnico e emotivo, Portugal venceu a Noruega pelo mínimo, chegou ao topo do grupo, onde agora estão três equipas empatadas: Portugal, Noruega e Dinamarca (que também venceu o jogo desta ronda, marcando dois golos à Islândia), todas com 10 pontos.

A maior pena dos noventa e nove por cento dos 47.829 espectadores presentes por certo que foi o incaracterístico jogo jogado pela formação lusitana e o sempre apagado Ronaldo, que raramente se viu a fazer algo de jeito.

Ante um adversário alto e pesado e que estava ali apenas para não perder, Portugal não teve nem arte nem manha para ganhar domínio territorial e pressionar a defesa contrária na procura do golo. Depressa se percebeu que Ronaldo não “estava em campo”.

Coentrão, pela esquerda e Nani, pela direita, eram os extremos mais mexidos e deles saíram alguns passes que, se houvesse alguém na área, podiam ter dado golo. Mas nem perigo existiu, apesar de duas ou três defesas mais apertadas do guardião visitante, Jarstein.

A melhor jogada lusa aconteceu cerca dos 40’, quando Coentrão, em mais uma incursão pela esquerda, levanta a bola para a cabeça de Ronaldo que a enviou para as mãos do guarda-redes.

Um pouco antes, Pedersen tinha colocado Eduardo em perigo mas, com a baliza aberta, rematou ao lado.

No segundo tempo, Portugal tentou abrir brechas na forte defesa norueguesa mas sem efeito. A Única nesga que surgiu deu golo. Foi aos 52’ que, em novo “forcing” pela direita, Nani centra a bola rente ao chão, chega a meio da grande área onde Postiga – que até aí apenas tinha tentado conseguir faltas e reclamando pela sua não marcação pelo árbitro – onde se antecipa ao defesa e com remate colocado, quase à meia volta, faz a bola entrar junto ao poste. Feio o 1-0, voltaram ao descanso.

Os noruegueses tiveram que, então, avançar na procura do empate mas a turma das quinas conseguiu gerir a magra vantagem sem grandes percalços e chegar ao fim como vitoriosa.

A maior assobiadela do público foi para Ronaldo (82’) que perdeu muito tempo – como fez sempre – para rematar ou passar a bola, mas Paulo Bento fez orelhas moucas e, em vez de mandar sair o capitão, manteve-o. Inexplicável.

Saliência para Bruno Alves e Fábio Coentrão, os melhores da equipa, enquanto Pepe, Raul Meireles, Nani e João Pereira foram outros dos mais esforçados, com os dois últimos que defender e servir de médios de ataque.

No lado norueguês, referência para o guardião Jarstein, Demidov, Hangeland, Risse e Grindheim.

O próximo jogo de Portugal será contra o Chipre (fora), no dia 2 de Setembro.

O turco Cakir foi um árbitro que quase não se deu por ele, o que foi bom, bem acompanhado pelos auxiliares Duran e Ongun.

As equipas alinharam:

Portugal – Eduardo; João Pereira (Sílvio, 72’), Bruno Alves, Pepe e Coentrão; Raul Meireles, João Moutinho e Carlos Martins (Ruben Micael, 65’); Nani (Varela, 85’), Postiga e Ronaldo.

Noruega – Jarstein; Hogli, Demidov, Hangeland e Risse; Bjorn Risse, Hauger e Grindheim (Henriksen, 82’); Huseklepp (Braaten, 74’), Carew (Abdellaoue, 59’) e Pedersen.

Artur Madeira

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