A federação nacional dos sindicatos da função pública confirma em comunicado que se mantem as razões que estiveram na base da convocação da greve marcada para esta 6ª feira.
Segundo o mesmo comunicado “ao longo das últimas semanas o Governo tem-se empenhado em fazer passar para a opinião pública, que as medidas que a “troika” (FMI/BCE/UE) iria impor a Portugal, eram muito más e um grande prejuízo para os trabalhadores e em particular para os da Administração Pública”, mas numa declaração em S.Bento José Sócrates veio “numa tentativa desesperada de enfraquecer a greve do dia 6 de Maio, veio dizer que nada do que tem andado a ser especulado é verdade!”.
Para a organização sindical,o primeiro ministro, limitou-se a informar o país e os trabalhadores o que não seria mas “não disse o que vai ser aplicado. Nem disse o que já foi aplicado nos últimos anos!”.
Os trabalhadores da Função Pública e a sua estrutura sindical alertam estar se perante “manobra do Governo e os partidos que apoiam a intervenção externa (PS,PSD e CDS) querem que os salários estejam congelados até ao final de 2013.”
A Federação diz que as razões do protesto estão na ordem do dia:
“os salários vão continuar a ter o seu valor real reduzido, que as carreiras e a progressão nos escalões/posições remuneratórias vão continuar congeladas, mas que também sabemos que as fusões de serviços vão aumentar e que, por essa via, o trabalho de muitos trabalhadores da Função Pública vai ser posto em causa.
” Sabemos que os impostos vão aumentar (seja o IVA, o IRS e o IMI, sejam outros).”
” Sabemos que as deduções fiscais em sede de IRS vão ser reduzidas, ou mesmo desaparecer. Portanto, também por esta via os impostos para os trabalhadores vão aumentar e o poder de compra dos salários vai baixar.”
“Sabemos ainda que uma parte significativa do empréstimo que vamos receber vai direitinho para os bancos! Para os mesmos bancos que têm rios de dinheiro de lucro à nossa conta e que praticamente não pagam impostos!”
