Segunda-feira 23 de Novembro de 0702

Benfica ganha para … chegar à final

BenficaBragaLigaApesar do resultado tangencial, o triunfo do Benfica não merece contestação. Foi sempre mais perigoso que os bracarenses, se bem que, por algumas vezes, cometeu erros que podiam desvirtuar essa supremacia e rumar a um resultado diferente, que não mereciam.

E a história do jogo, que teve momentos largas de grande vivacidade, acabou por serem os golos marcados, todos, num espaço de dez minutos, o que fez empolgar os 57.782 espectadores que estiveram na Luz, que não esgotou.

O Benfica, como lhe competia, começou por criar perigo logo no primeiro minuto, como a querer dizer que era preciso amealhar depressa, como podia ter acontecido logo aos 10’ quando Cardozo introduz a bola na baliza de Artur mas em situação de fora-de-jogo.

Até aos 25 minutos o Benfica mantêm supremacia territorial e com mais ofensiva, a ponto de Saviola (21’) ter feito um remate forte e Artur ter defendido para a frente, o que não foi aproveitado por ninguém, seguindo-se uma acalmia de cerca de dez minutos.

A dois minutos do intervalo Cardozo faz a bola “explodir” contra o poste, enquanto Aimar e Vandinho, cada um no lado contrário, obrigaram Artur e Roberto a boas defesas, para a primeira parte terminar com o Benfica a perder uma oportunidade soberana de baliza aberta mas sem ninguém no caminho da bola para o fazer.

No segundo tempo, logo aos três minutos, Roberto foi obrigado a fazer uma excelente defesa a remate de Meyong mas, na resposta, foi o Benfica (50’) que marcou. Excelente trabalho na direita por Maxi Pereira, que faz um centro com a medida exacta para a cabeça de Jardel, que a enviou para a barra. Já em queda, a bola foi ter aos seus pés e limitou-se a marcar. Um golo já merecido.

Mas foi sol de pouca dura. Três minutos depois, num livre sobre a esquerda do seu ataque, o Braga chegou ao empate. Hugo Viana marca o livre, Vandinho faz-se ao lance com um pequeno desvio de cabeça e acabou por trair Roberto, que seguia viagem para o poste mais longe, onde a bola iria ter se não fosse desviada.

Mais seis minutos e o Benfica colocou-se de novo em vantagem. Num livre frontal à baliza de Artur e a cerca de 25 metros, Carlos Martins simulou e Cardozo, com um potente remate com o pé esquerdo, enviou a bola para o lado contrário do que Artur estava à espera, fazendo um golo de belo efeito.

Ainda com meia hora para jogar e com a vantagem acabada de conseguir, o Benfica aliviou um pouco a ofensiva, passou a trocar a bola mais a meio campo, altura que o Braga aproveitou para fazer duas substituições (54’ e 62’), tentando ainda dar a bola ao resultado. Só que as novas peças não conseguiram encaixar-se como se podia esperar.

De uma só vez (65’) o Benfica também mudou dois jogadores e o fio de jogo que existiu até aos 60 minutos acabou por começar a morrer. Poucos momentos de perigo, jogo mais calmo e o deixar para a segunda mão (dia 18, em Braga) para a decisão final.

Uma última referência para frisar que a atmosfera do jogo foi mesmo de uma competição europeia e não de um qualquer jogo “caseiro”, como é habitual.

No Benfica, Roberto, Cardozo, Maxi Pereira, Carlos Martins, Coentrão e Jardel foram os melhores, salientando-se no Sporting de Braga Artur, Paulão, Miguel Garcia, Lima, Sílvio, Alan, Hugo Viana e Vandinho.

O escocês Craig Thomson esteve quase perfeito, não dando azo a questiúnculas, actuando e reprimindo (por palavras e por quatro cartões mostrados) em cima e de imediato, com o senão de os dois auxiliares (Francis Andrews e Graham Chambers, mais este) principais terem pecado um pouco na questão dos fora de jogo.

As equipas alinharam:

Benfica – Roberto; Maxi Pereira, Luisão, Jardel e Fábio Coentrão; Carlos Martins (Jara, 65’), Javi Garcia e César Peixoto (Gaitán, 65’); Saviola (Airton. 85’), Aimar e Cardozo.

Sporting de Braga – Artur; Miguel Garcia, Rodriguez, Paulão e Sílvio; Alan, Vandinho, Hugo Viana (Moissoró, 62’) e Salino; Meyong (Custódio, 54’) e Lima (Káká, 83’).

Cartões amarelos para Rodriguez (6’), Vandinho (38’), Miguel Garcia (42’) e Aimar (52’)

Artur Madeira

 

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