Pedro Passos Coelho, presidente do PSD, afirmou que invocar “uma espécie de União Nacional é uma perversão”, sendo ainda mais grave, quando invocada no 25 de Abril.
As palavras do líder do PSD foram proferidas aquando da sua presença na conferência da plataforma “Construir Ideias”, hoje num hotel de Lisboa, disse que os partidos demonstraram nas actuais circunstâncias ter “uma grande capacidade de diálogo”, mas, terá de ser o voto popular a dizer como vai ser o “peso” de cada um a partir de 5 Junho.
Neste dia de comemorações do dia da revolução dos Cravos já os antigos e actual Presidente da Republica vieram a terreiro apelar ao dialogo e uma união de esforços em discursos efectuados na cerimónia comemorativa do 25 de Abril, no Palácio de Belém.
Para o presidente do PSD “estamos com um problema muito sério para resolver” mas “em Portugal uma espécie de União Nacional é uma perversão, ainda para mais a ser invocada num dia como este, porque a União Nacional não é desejada em Portugal, nem pelos que têm memória da que já existiu, nem por aqueles que, com prudência, aprendem lições do passado”, disse.
Quando foi colocada a questão pelos jornalistas no que se refere ao relacionamento PSD com o PS, Passos Coelho de uma forma clara rejeitou que tenha o PSD rejeitado o dialogo, “O PS governa desde as últimas eleições sem maioria absoluta e até hoje, apesar de governar sem maioria absoluta, não teve um único Orçamento do Estado que tivesse sido chumbado no Parlamento e não teve nenhum Programa de Estabilidade e Crescimento, tirando o último, que não tivesse sido sufragado no Parlamento”.