Numa disputa a duas mãos, sem dúvida que é preciso ganhar. Em casa e fora. Na Luz, cumpriu-se calendário, não sem uns “atra…palhanços” que não foram maiores porque os benfiquistas acabaram por ter alguma felicidade nos últimos vinte minutos do jogo e depois de terem feito entrar Jara e Aimar que ajudaram ao volte-face.
O Benfica entrou em jogo com vontade de decidir rapidamente a vantagem a caminho de uma vitória, o que mais interessava. Atacou mas sem perigo de maior e por pouco tempo. Parecia cansado.
Sem perder o tino, os franceses tentavam o contra-ataque rápido – e aproveitando também um desnorte mais ou menos longo do Benfica – e foram preciso apenas 14 minutos para chegarem ao golo. Dentro da área benfiquista, a bola sobra para Luyindula – depois do passe feito por Nenê – que, frente a Roberto, chuta com força, a bola ainda bate no guarda-redes mas rola para dentro da baliza. Estava feito o 0-1.
E o 0-2 podia ter chegado três minutos depois de um desentendimento entre Luisão e Sidnei, que isolou Nenê e centrou para a área onde Erding atirou ao poste da baliza de Roberto. Mais um calafrio proporcionado pela defesa benfiquista, que apostava na frente e não recuava a tempo.
Depois disso, o PSG estabilizou a meio campo e passou a andar mais devagar, pese embora aos 29 minutos tivessem tido outra oportunidade de golo não fossem o remate de Erding ter encontrado Roberto no caminho, numa excelente defesa.
Logo de seguiu coube ao guardião francês defender uma vez e, na outra, ver a bola passar por cima da barra. Aproveitando este “frenesin” do final da primeira parte, o Benfica carregou e … marcou. Antes disso (38’) foi Roberto a evitar o que podia ter sido o segundo golo do PSG.
Numa desmarcação tão rápida que até pareceu fora-de-jogo. Máxi Pereira, na sequência de um passe largo de Carlos Martins, aparece isolado frente a Édel e empata o jogo. Decorria o minuto 41. Mesmo à medida para um intervalo mais sossegado.
Aos 55’, Erding, de novo, rematou à figura de Roberto e dez minutos depois Saviola, em disputa com Makonda, cai dentro da área. Pareceu grande penalidade mas o árbitro não entendeu dessa maneira.
A partir daqui, o Benfica pressionou mais enquanto o PSG dava sinais de menos frescura. E foi assim que (81’) Jara, a passe de Aimar (que tinham entrado na equipa a partir dos 60 minutos de jogo) chutou para a baliza deserta, aproveitando como que uma “paralisia” colectiva da defesa francesa, fazendo o 2-1, que acabou por se justificar, apesar de muitas “trapalhices” que o Benfica fez.
Melhores em campo: Roberto, Javi Garcia, Máxi Pereira, Saviola, Aimar e Jara (Benfica), Édel, Câmara, Traoré, Nenê, Armand e Makonda (PSG).
O árbitro, o checo Pavel Kralovec, apesar de alguns erros para as duas equipas, não influiu no resultado (depois de rever o caso, ou não, da grande penalidade não marcada), não teve problemas para segurar o jogo (estando muito bem a colocar Jesus na ordem, esperando-se que Vítor Pereira, de vez, diga aos árbitros portugueses para cumprirem a lei quanto ao local onde o treinador deve estar) e foi bem auxiliado pelos restantes elementos da equipa, tendo tido bons reflexos para apitar de imediato.
As equipas alinharam:
Benfica – Roberto; Maxi Pereira, Luisão, Sidnei e Fábio Coentrão; Salvio (Jara, 66’), Javi Garcia e Gaitán (Aimar, 71’); Saviola, Carlos Martins (César Peixoto, 84’) e Cardozo.
PSG – Édel; Ceará, Traoré, Amand e Makonda; Luyindula, Câmara e Chantôme; Erding, Bodmer e Nenê.
Cartões amarelos para Salvio (25’), Armand (30’), Ceará (38’), Nenê (83’) e Camara (90+1’).