O título diz tudo. Isto porque o Sporting voltou a não impressionar, a não ser pela pouca positividade da actuação, dado que o futebol praticado continua a não ser objectivo, ofensivo, directivo mas sim passivo, com a bola a andar de lado para lado e não para a frente. Uma grande penalidade marcada por Matias Fernandez salvou a perda de pontos.
Após o apito de saída, o único lance de perigo que se viu foi o facto de a bola ter entrado na baliza do Sporting, depois de um excelente remate de cabeça de Élio – com Rui Patrício quedo entre os postes – que não foi válido por fora de jogo de três atacantes aveirenses, entre os quais o que cabeceou.
Depois, foram vinte minutos sem que nada acontecesse. Nesta altura, Salomão – que é um bom dominador de bola mas falta-lhe físico e altura – a centro largo de Postiga, rematou à trave e logo a seguir foi Djaló a obrigar o guardião aveirense a uma boa defesa para evitar o golo. Este período de maior velocidade do Sporting durou até cerca dos 40 minutos, nada acontecendo até aí e o intervalo chegou pouco depois. Os 16.231 espectadores presentes por certo que não gostaram.
Apesar do relvado se encontrar muito melhor do que tempos atrás – o processo de fotossíntese está a produzir efeito – nem isso ajuda a equipa, que parece não saber jogar.
No segundo tempo, o Beira-Mar entrou mais fechado na defesa mas, de vez em quando, subia e causava algum calafrio junto da área de Rui Patrício, com a defesa leonina a ser permeável.
No entanto, Élio teve nova oportunidade para marcar (61’), com o Sporting a continuar a “cheirar” a bola, até que aos 75’, num remate-passe de Cristiano, dentro da grande área, a bola parece ter sido desviada, com a mão do próprio Élio, e o árbitro marcou a grande penalidade.
Chamado a convertê-la, Matias Fernandez rematou forte, a bola é desviada pelo guardião mas para dentro da própria baliza, tal a força que o esférico levava. Com 15 minutos ainda para jogar, podia esperar-se mais do Sporting. Mas nada se verificou de importante e a vitória sportinguista aconteceu. Foi quem mais fez por isso, pelo que foi justa, mas continuando a jogar mal. Mais do mesmo.
Não há alegria de jogar, não há jogo de equipa, existem muitas individualidades e, também é verdade, os lesionados cada vez são mais. Será que a equipa chegará ao fim do campeonato com jogadores suficientes?
Talvez com Oceano também no banco – com um contrato feito à medida até ao dia 26 deste mês (isto cabe na cabeça de alguém? Qual a mais valia que isto dá? Couceiro não aguentava até lá? Quanto vai custar mais este favor a não se sabe quem?) – a coisa mude!!!
No Sporting, Torsiglieri, Matias Fernandez, Postiga, André Santos e João Pereira foram os mais esclarecidos, com Rui Rego, Yohan, Hugo, Élio, Rui Sampaio e Renan a serem os melhores nos aveirenses.
O árbitro Hugo Pacheco abusou nos amarelos, teve outros erros menores mas os auxiliares Victor Carvalho e Pedro Ribeiro estiveram bem, pese embora uma ou outra falha que não influíram no resultado.
As equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Polga, Torsiglieri e Evaldo; Matias Fernandez, André Santos e Valdês (Saleiro, 62’); Djaló, Postiga (Zapater, 82’) e Salomão (Cristiano, 62’).
Beira-Mar – Rui Rego; Pedro Moreira, Yohan, Hugo e Renan; Rui Sampaio, Élio e João Luiz (Sérgio Oliveira, 71’); Artur (Yartey, 81’), Wilson (Wang, 45’) e Tatu.
Cartões amarelos para João Pereira (17’), Tatu (29’), Matias Fernandez (35’), Wang (50’), Pedro Moreira (57’), Postiga (81’) e Saleiro (90+3’). Vermelho para Élio (duplo amarelo, 39’ e 77’)
Artur Madeira