Num só jogo, o Benfica bateu um novo recorde (18ª vitória consecutiva) e conquistou mais uma final, a terceira consecutiva, da Taça da Liga. Não foi fácil mas…foi feliz. Aproveitou azelhices e asneiras de um Sporting cada vez mais moribundo. A águia continua a voar alto e o leão quase não sai da toca.
O Sporting começou a perder logo aos 12 minutos, com a saída de Carriço (lesionado, depois de duas cacetadas na mesma parte lateral lombar), o que fez modificar a estratégia. Depois entre os 26 e os 31 minutos, o Sporting ficou com três amarelados: Torsiglieri, João Pereira e Postiga. Apenas por estupidez. É normal. Refilar é o sistema dos jogadores leoninos. Isto depois do Sporting ter chegado ao 1-0 (20’).
Vukcevic, na marcação de um livre do lado esquerdo do ataque sportinguista, levantou a bola directamente para a cabeça de Postiga que se antecipou a Roberto e fez um golo de belo efeito. Foi um pouco contra a corrente do jogo. Mas importa é marcar.
Seguiu-se uma fase de maior pendor atacante do Benfica, o que era de esperar, e Polga cola-se a Cardozo, fazendo falta, na óptica do árbitro, para grande penalidade. Cardozo chamado a marcar rematou para uma boa defesa de Rui Patrício.
Na jogada seguinte, chegou o empate. Dando o melhor seguimento a um canto marcado por Carlos Martins, Cardozo (33’) subiu mais alto e cabeceou, com Rui Patrício na linha de baliza e ver a bola passar ao lado dele e para dentro. Sair a cruzamentos não é com Rui Patrício.
Até ao intervalo, o Benfica pressionou e só não marcou por mero acaso. É que a defesa do Sporting andou mesmo às aranhas. Na frente, Postiga continua a maior parte das vezes em foras-de-jogo e faz muitas faltas, com a agravante de respigar e, depois, levar amarelos sem necessidade. No futebol joga-se à bola e não se fala.
No segundo tempo, Postiga (52’) faz fintas a mais mas não remata; Carlos Martins (65’) vem embalado de trás e recebe uma bola em boa posição, para estoirar, mas fá-lo com o pé cego (esquerdo) e a bola perdeu-se pela linha final; Postiga e Matias, na área do Benfica, trocam a bola mas não rematam e logo a seguir André Santos obriga Roberto a uma boa defesa.
A entrada de Jara e Aimar (por troca com Carlos Martins e Nico Gaitán, fortalecem a operacionalidade do Benfica na linha da frente, donde surgiu o remate de Cardozo à trave (82’) com Rui Patrício aos papéis e Coentrão (86’) rematou para Patrício defender, enquanto Matias Fernandes (88’) atirou à figura de Roberto.
Aos 90+1, o 2-1 para o Benfica. A defesa do Sporting, de novo, não controla a bola que, depois de ter sido aliviada, ressalta para Javi Garcia que, só, empurrou a bola para a baliza onde Patrício também não estava. São asneiras a mais, todos dizem que são responsáveis, mas a verdade é que o ordenado está sempre garantido. Quem falha deve ser sancionado. Noutros tempos…
Como campeão, o Benfica levou ao estádio 49.652 espectadores, o que é excelente.
Relevo para as prestações de Javi Garcia, Luisão, Cardozo, Fábio Coentrão (o mehor no Benfica). No Sporting, saliência para Patrício (defendeu um penalty), Torsiglieri, Matias, Postiga e João pereira, este incansável.
Jorge Sousa usou dualidade de critério na atribuição dos cartões amarelos, tecnicamente esteve razoável mas os seus auxiliares falharam na marcação de alguns foras-de-jogo que poderiam ter impacto no resultado final. O que não se percebe é que ninguém obriga Jorge Jesus a ficar no seu rectângulo. E como Couceiro, uma vez, deve ter feito um comentário, teve que levar com o sermão do 4º árbitro.
As equipas alinharam:
Benfica – Roberto; Maxi Pereira, Luisão, Sidnei e Coentrão; Salvio, Carlos Martins (Aimar, 66’, entrando depois Felipe Menezes, 77’) e Javi Garcia; Saviola, Cardozo e Gaitán (Jara, 66’).
Sporting – Rui Patrício; João Pereira (Abel, 84’), Carriço (Polga, 12’), Torsiglieri e Evaldo; Vukcevic, André Santos e Zapater; Vukcevic (Valdez, 62’), Postiga e Djaló.
Cartões amarelos para Maxi Pereira (36’), Salvio (57’) e Coentrão (89’); Torsiglieri (26’), João Pereira (27’), Postiga (31’), Polga (32’) e Patrício (83’)
Artur Madeira