Terça-feira 26 de Novembro de 5219

Liga Europa: A vingança (escocesa) foi mortífera!

SportingXRangers-CNPior não podia deixar de ser. Aliás, só a espaços (e pequenos) o Sporting demonstrou superioridade, uma vez que os escoceses foram mais esclarecidos em campo.

Como se comprovou com a obtenção do primeiro golo do desafio. E as coisas não estavam bem, foram de mal a pior. Como é que é possível deixar três, três, repete-se, jogadores do Rangers perfeitamente isolados frente a Rui Patrício? Foi e, com isso, o Sporting disse adeus à Europa.

Uma vez mais a desatenção e falta de concentração de alguns jogadores levaram o Sporting a deixar a Europa mais cedo do que esperava, apesar do alento tido quando da chegada – mais ou menos inesperada – ao 2-1. Mas porque foi uma recuperação inesperada, ficaram certos de que a vitória não fugia e … foi o que se viu.

Pena foi que Paulo Sérgio – de regresso ao banco – tivesse pedido a demissão juntamente com Bettencourt porque. Se o fizesse, poupava-se a si próprio e não tinha que arcar com a negatividade patenteada pelos jogadores do Sporting, que não jogam mais e melhor porque … não apetece. Quando 100 mil euros já estão no bolso, para quê jogar muito e poder sofrer alguma lesão? Enquanto não limparem o balneário, o futuro será cada vez mais negro.

O mais engraçado acabou por ser a piada, em desenho e palavras, que a Torcida Verde mostrou: fotos de João Rocha, Sousa Cintra e Jorge Gonçalves, com a legenda “voltem que estão perdoados”. Num jogo visto por apenas 15.375 pessoas (25% de escoceses). Até nisto foi mau, embora a hora não seja a mais aconselhada para o efeito uma vez que há muita gente a trabalhar.

A pressão do Sporting, que se pretendia inicial e por uma meia hora, no mínimo, só durou cinco minutos, quando ganhou dois cantos. O resto foi passos a mais, perdas de bola. O Rangers ganhou terreno e aos 19’ abriu o activo. Num rápido contra-ataque, Davies, na sequência de um passe vindo da direita do seu ataque e colocado junto ao poste mais longe, aproveita a falha de Polga e a apatia de Rui Patrício para abrir o activo.

Com o golo, os visitantes afrouxaram um pouco, o que permitiu ao Sporting, numa jogada de insistência, chegar ao empate, aos 41’. Um passe de Postiga para a retaguarda, por impossibilidade de rematar, encontra Pedro Mendes na objectiva e este, em jeito, remata ao canto mais longe e sem defesa para McGregor.

No segundo tempo, a toada de jogo não e alterou significativamente: o Sporting com mais posse de bola, mas com produção zero lá à frente. Excepção para Postiga obrigar o guarda-redes a uma boa defesa mas Pedro Mendes, na recarga, mandou a bola por cima da barra. Uma perdida importante, aos 62’. O que obrigou o Rangers a ir para a frente, aproveitando a nula objectividade do ataque dos leões.

No entanto, bafejados coma a sorte – que faltou num ou noutro momento anterior – o Sporting chegou ao 2-1. Decorriam 83’ e João Pereira, no lado direito, onde sempre jogou, centrou para o poste mais longe, onde foi encontrar Djaló, nas costas do defesa Foster, que aproveitou para bater McGregor, também apático neste lance.

Aqui, a sete minutos do fim, acreditou-se que o Sporting podia “estancar” qualquer veleidade forasteira. Mas não foi capaz. A modos de, nos 90+2’, permitir que Healy (uma substituição oportuna e a resultar) surgisse só no lado direito e centrar para três avançados do Rangers prostrados à frente de Patrício. Um deles, Edu, fez a festa e empatou. Foi só empurrar a bola para a baliza.

E assim acabou mais uma história da vergonha nacional que está a ser o Sporting Clube de Portugal.

Pedro Mendes foi melhor, seguido de Postiga, João Pereira, Matias Fernandez, Evaldo e Torsiglieri, salientando-se Foster, Edu, Diouf, Papac, McGregor e Davies no Rangers.

A equipa comandada pelo italiano Paolo Tagliavento, esteve bem, e as equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; Abel, Polga, Torsiglieri e Evaldo; Matias Fernandez (Nuno Coelho, 90+1’), Pedro Mendes (Saleiro, 81’) e Zapater; João Pereira, Postiga (André Santos, 87’) e Djaló.

Rangers – McGregor; Foster, Bougherra, Weir (Lafferty, 71’) e Papac; Bartley, Fleck (Weiss, 71’) e Edu; Davies, Whittaker e Diouf (Healy, 82’).

Cartão amarelos para Zapater (10’) e Edu (58’)

Artur Madeira

 

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