Segunda-feira 24 de Novembro de 2481

Sporting, 3 – Naval, 3: Só uma equipa merecia vencer…a Naval

SportingNavalLIedsonByebyeQuando se diz que só uma equipa merecia ganhar, não há dúvida que a outra não teve, melhor, nunca teve, nem arte, nem manha, nem jogo jogado que pudesse redundar em vitória. E o empate até soube a injusto para os navalenses.

Pelo que jogaram, pela forma como o fizeram – como uma equipa de uma verdadeira I Liga – a Naval bem podia ter levado os três pontos, que seriam justos, já que o Sporting continua no tom de bola para o lado, bola para trás e sem se rematar. É verdade que fizeram três golos. Mas de que forma? Uma recarga (empurrar a bola) com Lidos sem marcação, uma grande penalidade e um ar de ás de Lidos, aproveitando outro deslize. É pouco para uma equipa que quer ser campeã. E não venham com o choradinho da crise directiva porque a crise existe é no balneário. E é fácil de perceber. Com Lidos a ganhar 120 mil por mês (felizmente que a saída se concretizou – devia ter sido em 2009 quando renovou) e os outros a ganhar 30 e 40 mil, a diferença fica logo marcada.

A Naval foi sempre a dona do jogo. Fez jogadas com princípio, meio e fim. Dominou por todos os lados e quase sempre. Esteve sempre ao ataque. Nunca à defesa. Apenas faltou um pouco de sorte para sair vitorioso. Que merecia.

Do lado do Sporting, como se referiu, parece um baile: para o lado, para trás, nunca para a frente. Os golos surgiram mais ao acaso do que como concretização de jogadas, mesmo que de pouco efeito feérico e visual. Aliás, o que há muito se vê neste Sporting: de futebol pouco tem.

Numa noite que se queria de homenagem (ou de despedida? – mais esta) a Lidos – que até acabou por marcar dois golos porque estava lá ao pé da bola e esta sobrou para os seus pés, os 20.549 espectadores por certo que voltaram a lamentar o facto de terem visto mais uma exibição descolorida, sem sal, sem vida. E assim vai o martírio dos comandados de Paulo Sérgio que apenas sabe “refilar” com o árbitro e ainda por cima para contestar foras-de-jogo perfeitamente assinalados.

Desde que o Sporting deixou de ter o Estádio (a SAD é a dona de tudo) e até o edifício-sede anexo (onde, agora, paga renda), o bruxedo aumentou. Sim, porque já existia. E parece não ser tão depressa que vai desaparecer. E continua sem se perceber porque é que Vukcevic (esquerdino) joga da direita e Postiga na esquerda quando o melhor pé é o direito. Coisas.

No Sporting referência para Rui Patrício (apesar de ter sofrido os três golos, que podiam ter sido mais), Liedson (apenas pela oportunidade dos golos), André Santos e Vukcevic.

Na Naval, Salin esteve muito bem e não teve culpa nos golos, seguindo-se Fábio Júnior, Marinho, Michel, Camora e Godeméche.

O árbitro Bruno Esteves, apesar de uma outra falha sem impacto, deixou jogar mas cometeu o erro de não atribuir um amarelo ao defesa do Naval que cometeu a grande penalidade, não tendo influído no resultado final. Foi ajudado pelos auxiliares Mário Dionísio que esteve excelente, em especial a assinalar os muitos fora de jogo dos jogadores do Sporting, enquanto Valter Pereira foi uma nódoa neste aspecto, no decorrer da primeira parte, seguindo o ataque dos “leões”.

As equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; Abel (Cristiano, 87’), Carriço, Polga e Evaldo; Zapater (Salomão, 28’), Pedro Mendes e André Santos (Matias, 75’); Vukcevic, Liedson e Postiga.

Naval – Salin; Carlitos, João Real, Gomis e Camora; Manuel Curto, Edivaldo (Giuliano, 62’) e Godeméche; Marinho (João Pedro, 62’), Fábio Júnior (Previtali, 83’) e Michel.

Golos – 1-0, Liedson (33’), 1-1, Fábio Júnior (g.p., 43’), 1-2, Michel (46’), 2-2, Postiga (g.p., 58’), 2-3, Godeméche (66’), 3-3, Liedson (90’)

Cartão amarelo para Evaldo (42’), Liedson (27’), Abel (60’), Godeméche (29’) e Canora (34’).

Artur Madeira

 

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