No dia que José Manuel Coelho criticou Cavaco Silva pela sua atitude em anterior campanha (1986) e procurou oferecer “um submarino” a “um menino irrequieto” ,falou em exclusivo à CN.
{jathumbnail off}
Como palco da nossa conversa com o candidato tínhamos Largo Adelino Amaro da Costa, à porta da sede do CDS-PP, em Lisboa, no final de uma acção da sua campanha onde demonstrou mais uma vez confiante sobre a sua mensagem “combater os corruptos deste país”.
José Manuel Coelho questionado sobre a postura que iria ter se fosse eleito perante os portugueses que votassem nele e os outros, afirmou “ o Presidente eleito é o Presidente de todos, mas todos os portugueses”. Quando a questão é saber se o candidato acredita que foi essa postura dos Presidentes após o 25 Abril até hoje (tratamento igual portugueses do continente vs portugueses das ilhas) José Manuel Coelho é claro na sua resposta”não, todos esqueceram da Madeira, deixando ao sabor de um “tiranete” e com agravamento com o prof. Cavaco Silva”, acrescentando “recorde-se o caso da visita do professor à madeira que custou ao erário público (contribuintes da Madeira e do Continente) 100mil euros, mais, ainda com ajuda do “um tiranete, um reaccionário” fechou a assembleia regional, e recebeu uns quantos partidos num quarto de hotel”.
Para o candidato vindo da Madeira, que como ele próprio afirma “um militar de Abril”, acredita que os revolucionários de Abril preocuparam-se com vários problemas da sociedade mas não “correram com os juízes fascistas” e assim “as torres de marfim” continuam a “encobrir os crimes de colarinho branco”, e o candidato diz não ter medo deles, e até os enfrenta.
No 25 de Abril de 1974, José Manuel Coelho estava em Lisboa como muitos militares “a lutar pela liberdade” por isso “ninguém me impede de falar” sobre estes casos de corrupção “ eu não sou como os outros candidatos, eu falo de casos concretos”.
Subindo a Rua da Madela de volta ao Caldas, José Manuel Coelho falou da acção de hoje onde pretende “desmascarar o candidato honesto e sério, que abandonou Freitas do Amaral deixou-o sozinho”, após isso o prof. Freitas do Amaral “teve de ir trabalhar três anos e meio para pagar os empréstimos contraídos para a segunda volta eleitoral, dando aulas e pareceres jurídicos” e foi “o industrial Avelino Ferreira que ajudou financeiramente o prof. Freitas do Amaral com um cheque de durante um congresso do CDS”.
Estando com “um submarino” na mão o candidato explicou o seu intuito “Estou aqui para dar esta prenda a um menino irrequieto que mora aqui neste palácio e que gosta muito de submarinos”, numa alusão ao líder do CDS-PP , Paulo Portas.