Não há dúvida que o triunfo do Benfica acaba por não ter qualquer discussão, não só pela superioridade adquirida ao longo dos 94 minutos que o árbitro mandou jogar mas porque a defesa olhanense facilitou a tarefa do clube da águia.
Os 63%-37% de posse da bola, os 37-22 em ataques e os 16-8 em remates eliminam qualquer veleidade de contestar a vitória encarnada. O que se pode dizer é que, pelo menos três dos cinco golos, resultado de dois buracos da parte esquerda da defesa visitante e, o terceiro, mercê um avanço demasiado da linha de golo do guardião de Olhão permitiu o 3-0, que fez com que o jogo acabasse aos 39 minutos de jogo.
Há que realçar o mérito de Saviola (primeiro golo), Salvio (segundo) e Cardoso (terceiro), que aproveitaram da melhor forma a “abertura” que encontraram na defesa contrária (onde estavam Maurício e Ismaily) para obter os golos, em especial Cardoso que teve arte para receber a bola, dar meia volta e fazer subir a bola um pouco acima de Ricardo Batista, aproveitando precisamente o seu avanço na grande área, deixando atrás de si to espaço da pequena área.
No jogo para a Liga Sagres, ainda não há muito tempo – embora num jogo muito mais pobre – o Benfica também ganhou (2-0) e com facilidades. Repetiu-se não o resultado mas a toada de jogo.
O resultado foi completado com os golos de Luisão, também com origem em falhas da defesa contrária, uma vez que a bola viajou da direita para a esquerda e voltou para junto da baliza sem que ninguém de Olhão de lá tirasse a bola. O central do Benfica aproveitou a deixar e como que empurrou a bola para a baliza.
O 5-0 surgiu por Cardoso que apareceu só frente ao guião Ricardo e fez outro chapéu de belo efeito. Aqui ficou a dúvida se Cardoso estava ou não fora de jogo.
De resto, assinale-se que os árbitros auxiliares continuam a debater-se com grandes dificuldades para ver e assinalar os foras-de-jogo e alguma facilidade que Paulo Baptista teve em mostrar dois cartões amarelos (um para cada lado) sem que se justificasse, até porque o jogo decorreu de forma ordeira e sem o mínimo de casos e violência.
E o Benfica segue em frente na Taça de Portugal, o que é mais importante, porque é um dos objectivos a conquistar por Jorge Jesus, também ainda à espreita da Liga Sagres.
No Benfica, referência para Luisão, Salvio, Fábio Coentrão (o melhor) e Saviola, enquanto no Olhanense se destacaram Ricardo Batista, Cadú, Rui Duarte, Adilson, Jorge Gonçalves e Mexer.
As equipas alinharam:
Benfica – Júlio César; Ruben Amorim, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão (Maxi Pereira, 77’); Carlos Martins (Aimar, 45’), Airton e Gaitán; Salvio, Saviola (Kardec, 63’) e Cardozo.
Olhanense – Ricardo Batista; João Gonçalves, Mexer, Maurício e Ismaily; Fernando Alexandre (Lulinha, 72’), Cadú e Rui Duarte; Jorge Gonçalves (Nuno Piloto, 58’), Adilson (Yontcha, 62’) e Paulo Sérgio.
Cartões amarelos para Fábio Coentrão (29’), Luisão (37’), Cardoso (51’) e Maurício (21’) e Fernando (70’)
Artur Madeira