Terá sido o uso de um medicamento errado a provocar a cegueira dos seis doentes do Hospital de Santa Maria, em Julho último. De acordo com o jornal “Correio da Manhã”, esta é a conclusão da investigação do Ministério Público.
Durante a preparação das injecções na farmácia do hospital lisboeta, terá havido um erro na rotulagem e no processo de confirmação do medicamento. O manuseador e a farmacêutica não terão confirmado a substância, avança aquele jornal, apesar do estado adulterado das etiquetas colocadas nas seringas. Por isso, introduziu-se outra substância nos olhos dos doentes. Em vez do Avastin, foi utilizado um substituto de quimioterapia, o que causou a cegueira dos pacientes.
Os dois profissionais de saúde continuam a exercer funções mas já terão sido constituídos arguidos, estando sujeitos a Termo de Identidade e Resiência. Aguarda-se, contudo, a confirmação oficial da acusação e dos arguidos pelo Ministério Público.