Mais do que tudo o resto, o que importa é ganhar. Terá sido isto que os jogadores do interiorizaram e, aproveitando dois momentos de maior inspiração – especialmente no primeiro golo – conseguiram marcar e, com isso, catapultar o Benfica para os oitavos-de-final da Taça de Portugal.
Um objectivo que, quiçá, terá vinda dar maior tranquilidade para o clube da Luz, envolto em contradições atrás de contradições (futebolísticas, diga-se de passagem). Era preciso ir em frente.
No jogo jogado, praticamente não houve uma supremacia efectiva fosse de quem fosse e, por isso, o jogo tornou-se algo sem sabor, pelo menos até aos 40’ quando Saviola deu o melhor caminho á bola (para a baliza) recebida de Javi Garcia, após remate desferido à entrada da pequena área.
Uma boa prenda de anos, sem dúvida.
As exibições das duas equipas também foram por aí além e a verdade é que o desequilíbrio no resultado só se verificou porque os benfiquistas pressionaram mais, procuraram mais a baliza adversária e, como diz o ditado, “quem espera sempre alcança”.
O 1-0 ao intervalo não permitia grandes veleidades para o segundo tempo e o facto de Luisão se ter lesionado e saído de campo, poderia ter feito desabar o edifício mandado construir por Jesus.
Não tendo alto grau técnico, o jogo ganhou na emoção (e nos nervos que pulularam pelo Estádio da Luz) e foi o Benfica que acabou melhor, fazendo o 2-0 mesmo aos noventa minutos.
Em face do resultado conseguido, não parece que tenham criado grandes problemas com os golos do Benfica, a verdade é que foram cumpridos os “serviços mínimos”, o que, aliás, tem sido apanágio mas melhores equipas nacionais em jogos no respectivo burgo.
Sob a direcção de Carlos Xistra, auxiliado pelos assistentes Luís Tavares e Venâncio Tomé, as equipas alinharam:
Benfica – Júlio César; Maxi Pereira, Luisão (Sidnei, 26’), David Luiz e Fábio Coentrão; Javi Garcia, Carlos Martins (Salvio, 66’), Aimar e Gaitán (Ruben Amorim, 89’); Saviola e Cardozo.
Braga – Artur; Sílvio, Paulão, Rodriguez e Guilherme; Hugo Viana, Madrid (Hélder Barbosa, 61’), Alan e Luís Aguiar (Salino, 83’); Paulo César e Meyong (Keita, 61’).
Cartões amarelos para Carlos Martins (45’), Fábio Coentrão (45’) e Paulão (21’), Hugo Viana (45’), Silvio (58’) e Guilherme (65’)
Artur Madeira