Pior não podia deixar de ser. Depois de um primeiro golo em que houve dúvidas (ainda não dissipadas) quanto à validade do primeiro golo do Sporting e depois de um segundo que não foi – a bola nem entra na linha vertical do risco de baliza quanto mais a ultrapassa, ainda assim depois de uma falta nítida sobre o guardião Nilson – a equipa do Sporting demonstrou, uma vez mais, que actua ao sabor das ondas.
{jathumbnail off}Não há fio de jogo, cada um vale o que vale e seja o que Deus quiser e, apesar de uma vantagem assinalável em termos ofensivos no decorrer da primeira parte, a verdade é que o Sporting começou a dizer adeus a uma vantagem que quase seria suficiente para ganhar – pese embora isso não redundasse numa supremacia efectiva em termos de perigo – a partir da expulsão de Maniche (que devia ter saído muito mais cedo face às asneiras que estava a cometer, face a uma condição física deficiente)) que, talvez nem devesse ter jogado. Mal tocou na bola e quando o fez saía tudo mal.
Mesmo a ganhar, a equipa leonina não demonstrava futebol fluido, Vukcevic era o “dono” da bola e João Pereira, andava de um lado para o outro, estilo bombeiro, muitas vezes sem eira nem beira e a “fussanga” de querer marcar mais levou a que a defesa ficasse descurada, aproveitando o recém-entrado Targino para dizer como era fácil penetrar pela área sportinguista e meter dois golos em dois minutos, aproveitando a “via verde” sem portagens, que culminou com mais um bom golo de Bruno Teles a dois minutos do fim do tempo regulamentar.
Depois dos primeiros quinze minutos em que teve vantagem e em que surgiu o golo inicial, o Sporting como que amornou e o Vitória subiu no campo, embora sem causar muito perigo. Mesmo assim, geriu a sua presença com o objectivo de evitar mais golos, se bem que, após lesão do árbitro inicial (Elmano Santos), substituído pelo quarto árbitro (André Gralha), chegou o 2-0 para o Sporting num golo inexistente, assinalado (mal) pelo árbitro auxiliar Nelson Moniz, quando o árbitro estava mais perto do lance e como que foi obrigado a sancionar a indicação do seu auxiliar. Falta de coragem e de categoria, num trabalho apenas positivo na mostragem dos cartões, em especial o vermelho a Maniche, por agressão, a pontapé.
Logo no reatamento, Rui Patrício falha uma intervenção que quase dava golo mas defendeu um golo quase certo aos 75 minutos, surgindo o 2-1 logo a seguir. Desnorteado, o Sporting sofre de seguida o 2-2 e o escandaloso 2-3 aos 88, com uma defesa que deixou fazer tudo.
E depois também se sabe que Paulo Sérgio, só fez a primeira substituição aos 76’ (um minuto antes do primeiro golo do Vitória) e a segunda aos 90, uma e outra sem qualquer efeito, porque tardias para o que se adivinhava. Um conjunto de incompetências (jogadores e técnico) para se saber quem é que vai dar uma volta por estes dia. É que 13 pontos são muitos pontos…
Valdés foi o melhor homem em campo, seguido por João Pereira e Vukcevic, enquanto no Vitória sobressaíram Nilson, João Ribeiro, João Paulo e, em especial, Targino, o homem do jogo, face ao que jogou e marcou nos últimos 30 minutos
André Gralha não esteve bem mas pior o seu auxiliar Nelson Moniz, e as equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; Abel, Carriço, Torsiglieri e Evaldo; Maniche, André Santos (Saleiro, 90’) e Vukcevic; João Pereira, Valdês (Zapater, 76’) e Postiga.
Guimarães – Nilson; Alex, Ricardo, João Paulo e Bruno Teles; Edson (Targino, 62’), Cleber e João Ribeiro; Maranhão (Rui Miguel, 56’), Toscano João Alves, 45’) e Edgar.
Cartão vermelho para Maniche (72’) e amarelos para Postiga (63’), João Pereira (82’), Ricardo (87’), João Ribeiro (85’) e João Paulo (35’)
Artur Madeira