Apesar de ter vencido por 2-0, o Benfica nem por isso demonstrou ante o Paços uma superioridade por aí além. É verdade que o triunfo benfiquista se aceita mas a equipa não esteve em jogo como se poderia esperar.
{jathumbnail off}Até ao primeiro golo, foi Roberto que teve de trabalhar para garantir que a bola não entrava na sua baliza e logo por duas vezes. Cassio, do outro lado, também esteve bem e negou um golo quase certo ao Benfica dado ter oferecido o corpo à bola quando Saviola rematou. De resto nada se passou.
Até que, aos 14 minutos, Pablo Aimar – o melhor em campo – pegou na bola, caminhou nem ninguém lhe fazer frente e, vendo Cassio adiantado, passou a bola por cima, com um remate forte e colocado para o fundo da baliza. Um avanço de Aimar que devia ter outra atitude da defesa pacense, quer ficou de olhos fechados.
Seis minutos depois, Maikon salvou o jogo ao evitar um remate de Gaitan que levada selo de golo.
Com uma equipa estrategicamente bem montada e actuante – ganhava a maioria das bolas aos jogadores do Benfica, por jogar em zona curta e homem a homem – o Paços não tinha força suficiente para chegar à zona de perigo (grande área) e tentar o golo.
Na segunda parte, o Paços voltou a aparecer ao ataque, num trabalho de equipa, assente na relva, enquanto o Benfica “deambulava” de forma global. Aos 60 minutos, num rápido contra-ataque, os encarnados tiveram cinco jogadores para três do Paços e o resultado foi zero.
Pouco depois, Fábio Coentrão entra rápido na grande área do Paços e, em disputa legal com Cohene, cai. O árbitro (Bruno Esteves), que ia atrás foi peremptório em apitar mas não houve falta para grande penalidade.
Kardec foi chamado a marcar e fê-lo da melhor forma, obtendo (64 minutos) o segundo golo do Benfica.
A partir dessa altura, o Benfica subiu no terreno (isto de estar a ganhar 1-0 quase dá para passar a jogar recuado, aliás como a maior parte das equipas nacionais) se bem que sem resultado palpável, porque o 2-0 não foi alterado.
O Benfica venceu com normalidade mas os 2-0 foram injustos para um Paços que demonstrou saber jogar, em especial ao primeiro toque e sempre para a frente e não para os lados ou para trás como é normal ver nas principais equipas lisboeta.
Somando mais três pontos, volta a atirar o “odioso” para o F. C. Porto, “obrigando-o” a ganhar antes da ida às Antas, na próxima jornada.
Aimar foi o melhor em campo, mas Gaitán, Luisão, Roberto, Saviola e Coentrão também estiveram bem. “Desaparecido” só César Peixoto. Do lado do Paços, Cassio sobressaiu, seguindo-se Maykon, Rondon, Nuno Santos e Baiano.
Bruno Esteves esteve bem, apesar de uma certa dualidade de critérios na marcação de faltas, sendo a maior mácula a grande penalidade mal assinalada. Os seus auxiliares Mário Dionísio e Valter Pereira) tiveram um trabalho mais certinho.
As equipas alinharam:
Benfica – Roberto; Maxi Pereira, Luisão (Sidnei, 86’), David Luiz e César Peixoto (Salvio, 62’); Gaitán, Javi Garcia (Airton, 74’) e Fábio Coentrão; Saviola, Kardec e Aimar.
Paços de Ferreira – Cassio; Baiano, Javier Cohene, Bura e Maykon; André Leão (David Simão, 76’), Filipe Anunciação e Leonel Olímpio; Pizzi (Nelson Oliveira, 66’), Mário Rondon e Nuno Santos (Amond, 80’).
Cartões amarelos para André Leão (33’), Javier Cohene (64’) e Leonel Olímpio (85’). Duplo amarelo (vermelho) para Baiano (35 e 85’).