Como seria de esperar, o Benfica eliminou o Arouca não com tantas facilidades como o resultado transparece mas cumpriu o que estava na “cartilha”: dar um passo em frente nesta Taça Millenium.
Desde o início se reparou que o Arouca estava bem “arrumadinho” em campo, o que dificultou a manobra dos homens do Benfica, também a jogar com alguma calma. Havia tempo para os golos. E Começaram aos vinte minutos um pouco contra a corrente do jogo, que estava equilibrado, sem jogadas de grande vulto ou recorte técnico mas movimentadas.
Kardec que, a par de Pablo Aimar, porfiava para abrir o marcador, veio aproveitar a sua altura para abrir o activo (24’) num golpe de cabeça sem posição, a centro de Aimar, porque saltou mais alto do que os defesas e bateu Pedro Soares sem apelo.
Estando a jogar mais ou menos mano-a-mano, o Arouca ressentiu-se do golo e sete minutos depois (31’) foi Saviola que aumentou a vantagem do Benfica. Livre de Aimar, Kadrec salta, cabeceia e envia a bola ao poste e é Saviola que surge oportuno a mandar a bola para dentro da baliza.
Apesar de o 2-0 ser, já, um resultado algo injusto para os visitantes, Kardec voltou a marcar em cima do minuto 45, desviando para dentro da baliza de Pedro Soares uma bola que veio de um desvio de um defesa arouquês na marcação de um canto por Aimar. Assim chegou ao 3-0 e ao intervalo.
No segundo tempo, o ritmo manteve-se idêntico, com o Arouca a tentar chegar ao golo, que merecia, e o Benfica – refrescado com a entrada de Javi Garcia – à procura de mais golos, embora sem forçar muito.
Mesmo assim foram os encarnados que voltaram a marcar. Num livre de Kardec (65’), Luisão saltou para as nuvens e cabeceou a bola para a baliza fazendo o 4-0.
No jogo jogado, apesar dos 63%/37% para os homens de Jesus, a verdade é que o “score” era demasiado para essa supremacia.
Aos 82’m a bola entra na baliza de Júlio César mas numa situação de fora-de-jogo (bem assinalada) mas pouco depois é o Benfica que chega ao 5-0. Numa boa jogada entre Gaitan e Nuno Gomes, que havia entrada, a bola sobra para o primeiro que marca sem dificuldade.
Aos 86’ Júlio César impõe-se a Hugo Monteiro, que também havia entrado no Arouca, e um minuto depois, final e merecidamente, o Arouca fez o seu golo de honra. No seguimento de um canto, a bola sobra para Diogo que não deu hipóteses a Júlio César.
As substituições feitas pelo Arouca foram um pouco tardias.
Uma vitória certa do Benfica mas por números exagerados.
De registar ainda a presença de 23.449 espectadores (incluindo a C. Social) e a homenagem (palmas durante um minuto) prestada pelo Benfica aos mineiros que foram salvos no Chile.
Referência especial para Júlio César, Luisão, Pablo Aimar, Saviola e Kardec (Benfica) e Pedro Soares, Diogo, Hélder Silva, Jeremie, William e Babanco (Arouca).
Marco Ferreira (Madeira) dirigiu sem problemas, embora tivesse que mostrar cartões amarelos, tendo sido coadjuvado pelos assistentes Sérgio Serrão e Rui Cidade.
Equipas alinharam:
Benfica – Júlio César; Airton, Luisão, Sidnei e César Peixoto; Salvio, Pablo Aimar (Nuno Gomes, 67’), Javi Garcia (Luís Filipe, 45’) e Gaitán; Saviola (Weldon, 61’) e Kardec.
Arouca – Pedro Soares; Steven, William, Fernando e Hernâni (Paulinho, 72’); Babanco (Hugo Monteiro, 72’), André Soares (Nené, 55’) e Diogo; Hélder Silva, Jeremie e Jorge Leitão.
Cartões amarelos para Steven (70’) e William (44’).