Nem foi preciso pisar muito o “acelerador” para que o Benfica “chutasse” o Sporting para canto muito depressa, ante os 51.899 espectadores presentes na Luz.
{jathumbnail off}Logo aos 12 minutos e aproveitando uma falha defensiva, que não aliviou a bola da área, depois de um canto, Cardozo surgiu no lugar próprio e enviou a bola para as redes, com Rui Patrício a ver a bola passar. E não podia fazer mais do que isso.
Com Fábio Coentrão e César Peixoto lado a lado, na esquerda, o jogo do Benfica consistia mais por esse lado, a par de uma dinâmica muito maior que a do Sporting, o que levou a que, à meia-hora, Saviola apareceu isolado defronte de Rui Patrício que, desta vez, levou a melhor.
Até esta altura, o Sporting ainda não tinha produzido uma jogada com princípio, meio e fim, nem mesmo fez um remate à baliza de Roberto, neste jogo atento e com uma boa exibição.
Numa primeira parte muito quezilenta, a sinfonia do apito foi evidente e o Benfica já tinha três amarelados, o que não foi bom para o jogo, apesar de os encarnados terem sido sempre mais acutilantes.
Apesar da supremacia, quer em termos de jogo jogado e de posse de bola, o Benfica não logrou alargar a vantagem, o que não demorou muito tempo logo após o início do segundo tempo.
Decorria o minuto 47 quando Cardozo, de novo, enfiou a bola na baliza de Rui Patrício que, adiantado, apenas teve tempo de dar um toque na bola mas não evitando que ela entrasse. Uma jogada simples. Bola enviada por Roberto, um toque em Saviola e a bola a chegar ao “calmeirão” do Benfica, que fez o golo, calmamente. E dois minutos depois foi Fábio Coentrão a falhar o 3-0 com Rui apenas na sua frente, que defendeu.
Se o Sporting estava mal – não fez um ataque, Roberto esteve sem fazer quase nada – mal ficou a partir daí, porque chama era coisa que não se via nos jogadores do Sporting, mais preocupados em passar a bola de uns para os outros do que ir para o ataque.
Só aos 58 minutos Liedson (por norma e com Djaló sempre em fora de jogo) teve oportunidade de poder “arrepiar” Roberto mas perdeu a oportunidade que lhe foi criada.
Aos 74 minutos, Cardozo voltou a estar em evidência ao desviar a bola de Rui Patrício, ainda bem longe da baliza – em mais uma saída extemporânea, porque a defesa não estava lá – que só não entrou porque passou a milímetros do poste.
Roberto ainda faz uma excelente defesa a uma cabeçada de Liedson e o jogo terminou com uma desavença entre Airton e Postiga, que tinham entyrado puco antes, que levou o árbitro a mostrar mais dois amarelos, num total de oito. Alguns exagerados.
O Benfica bem podia ter metido mais um ou dois golos, que seriam justos, ante um Sporting que, de jogo a jogo, nunca se sabe o que acontece.
O Benfica demonstrou que pode fazer mais e melhor, ganhou bem mas por poucos, face ao domínio que teve.
Roberto, Luisão, Saviola, Fábio Coentrão, e Cardozo foram os melhores no Benfica, enquanto no Sporting Carriço, André Santos e Evaldo se salientaram.
Sob a direcção de Carlos Xistra, que apitou de mais, embora sem ter interferência no resultado, coadjuvado pelos assistentes Alfredo Braga e Luís Tavares, as equipas alinharam:
Benfica: Roberto; César Peixoto, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Carlos Martins, Javier Garcia, Aimar e Gaitán; Saviola e Cardozo.
Substituições: Ruben Amorim (45), Airton (79) e Jara (86) substituíram Aimar, Saviola e Carlos Martins.
Sporting: Rui Patrício; João Pereira, Carriço, Nuno Coelho e Evaldo; Valdés, Matrias Fernandez, André Santos e Maniche; Djaló e Liedson.
Substituições: Entraram Vukcevic e Postiga (58) e Saleiro (73) tendo saído Djaló, Matias Fernandez e André Santos.
Cartões amarelos para Javi Garcia, Maxi Pereira, Fábio Coentrão, Ruben Amorim, Airton e César Peixoto (Benfica) e Jaime Valdês e Helder Postiga (Sporting)