Correr muito com a bola não é sinónimo de jogar bem nem de dominar o adversário. De alguma forma – ressalvando-se o triunfo justo do Benfica – foi isso o que se passou nos 94 minutos que durou o jogo no Estádio da Luz.
{jathumbnail off}Entrando mais rápido, ante o acantonamento dos israelitas junto da sua baliza, o Benfica criou algumas jogadas com algum perigo mas foi Luisão que, aos 15 minutos, provocou uma grande penalidade (sem dúvidas) que o árbitro não marcou e o “stress” só durou mais seis minutos quando, aos 21, o mesmo Luisão deu o melhor seguimento a um passe de Carlos Martins, depois de um canto largo marcado por Gaitán, fazendo o 1-0.
A partir daqui, o Hapoel deixou a defesa e veio para a frente, tendo Schechter caído dentro da área do Benfica e sido admoestado pelo árbitro com um amarelo. Ficaram, no entanto, dúvidas sobre esta decisão do árbitro, embora se aceitando porque estava perto da jogada. Entretanto, Roberto estava a bom nível e resolvia os problemas dentro da pequena área.
Só aos 27 minutos Carlos Martins conseguiu isolar Aimar mas este permitiu a defesa do guardião dos forasteiros.
Mesmo assim, foi o Hapoel que voltou a incomodar, com Bondarv a obrigar Roberto a esticar-se e evitar um possível golo.
No segundo tempo, foi ainda o Hapoel que tentou chegar-se mais à frente mas a partir dos 55 minutos, com a entrada de Maxi Pereira, o Benfica começou a imprimir um maior andamento, com mais força e velocidade, o que permitiu liderar até aos 68 minutos, quando o Benfica marcou o segundo golo, depois de uma excelente jogada de Maxi Pereira. Isolou-se e rematou para o guarda-redes defende para o lado, onde estava Cardozo que apenas empurrou a bola para a baliza deserta. E quando se esperava uma ovação, Cardozo foi brindado com uma enorme vaia de assobios.
Airton entrou depois para o lugar de Pablo Aimar, o melhor jogador do Benfica, mas daí e até final do jogo foi o Hapoel, num excelente remate de Tamuz, à meia volta, que mandou a bola ao poste, com estrondo. Um golo que seria merecido para os visitantes, uma vez que o Benfica, apesar de ter ganho, continua à procura de um fio de jogo que tarda a encontrar.
Para além de Aimar, registe-se os bons desempenhos de Luisão, Carlos Martins e Roberto, salientando-se no Hapoel o guarda-redes nigeriano Enyeama, Bondarv, Vermouth, Zahavi e Sahar.
O russo Aleksei Nikolaev, mal na questão da não marcação da grande penalidade contra o Benfica, o que fica como uma mancha porque o resultado estava em branco, recompôs-se minimamente. Os auxiliares foram Tikhon Kalugin e Anton Averianov.
As equipas:
Benfica – Roberto; Ruben Amorim, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javier Garcia; Carlos Martins, Pablo Aimar (Airton, aos 70) e Gaitán (Mexi Pereira, aos 56); Saviola (César Peixoto, aos 86) e Cardozo.
Hapoel de Tel Aviv – Enyeama; Bondarv, Douglas, Fransman (Badier, aos 73) e Ben-Dayan; Vermouth, Rocchi (Shivhon, aos 60), Yadin e Sahavi; Schetcher e Sahar (Tamuz, aos 56).
Amarelos para Schechter e Ben-Dayan.