O seleccionador nacional Carlos Queiroz despedido pela Federação Portuguesa de Futebol, afirmou na entrevista ao canal 1 da RTP que até à última “não esperava o despedimento, pois não era essa a opinião oficial ou privada do presidente da federação (Gilberto Madail) “.
Na entrevista conduzida por Judite de Sousa, Carlos Queiroz atravessou todo o percurso da polémica, desde o estágio na Covilhã até ao momento do seu despedimento da FPF.
Carlos Queiroz foi abordando uma série de factos, realçando que o facto que é preponderante em todo processo ” …falando de uma forma clara ,que os textos e os fundamentos, que serviram de base à da decisão da federação, são simplesmente aquilo que foi a morte anunciada pelo Sr. Secretário de Estado que fez uma sentença pública relativamente à minha conduta e aos actos alegadamente graves que ocorreram numa acção de controle anti-dopping e depois o linchamento publico que se seguiu e que não tive a mínima hipótese de me defender nos lugares próprios”.
Em relação à sua atitude durante o estágio o professor garante que “fiz no interesse exclusivo dos jogadores”.
A dado passo da entrevista apresenta as fundamentações em relação ao Vice da FPF, Amândio de Carvalho que falou em nome da direcção, a dado momento dizendo o oposto daquilo que tinha sido acordado com o Presidente, e juntando-se aqueles que sem o ouvir estavam a fazer juízos de valor sobre aquilo que tinha acontecido na Covilhã, tornando-se um dos rostos daqueles que queriam única e exclusivamente a sua demissão a todo o custo.
Queiroz revela nesta entrevista o desfasamento de datas de muitos dos relatórios que serviram de base à ADOP, para condena-lo aos 6 meses, mas o que sobressai nesta entrevista é a certeza do ex -seleccionador que tudo este processo tem um responsável, um rosto – Laurentino Dias – que fez de tudo para o demitir.
Foto: JCServ/JCMYRO