Sexta-feira 23 de Novembro de 0586

Mais um nulo para o Sporting

SportingOlhao1Não restam dúvidas: assim o Sporting não vai a lado nenhum. Depois do brilharete feito com o apuramento para a fase de grupos – ainda hoje para se perceber como isso aconteceu – no jogo contra o Olhanense nada se viu quanto à valia técnico-táctico do clube do Visconde de Alvalade (coitado, do Visconde, claro).

{jathumbnail off}Não é uma formação. É um conjunto de bons rapazes que, parece, se juntam para se entreter em qualquer pelada. E disso não está longe a relva que, quando chover, vai dar mais dores de cabeça.

Ao longo de todo o jogo não se viu uma jogada com princípio, meio e fim, apesar da criação de uma outra situação com maior ou menor perigo, mas que não resultaram, o que redundou no nulo final, sem dúvida um castigo para a descolorida exibição leonina.

Um cartão amarelo que foi visto por 25.807SportingOlhao3 cidadãos, ainda assim um bom número, mas que, por certo e à excepção dos adeptos do Olhanense, não saíram satisfeitos do estádio.

No primeiro tempo (21 minutos), Liedson ainda teve oportunidade de atirar a bola à trave ao desviar, de cabeça a bola provinda de um centro de João Pereira, nas raras vezes em que os jogadores forasteiros se “esqueceram” de se antecipar aos “moles” jogadores dos “leões” sem garras.

O caso do jogo surgiu aos 36 minutos, quando, no seguimento de um canto, a bola entrou na baliza do Sporting, num “golo sem espinhas”, que o árbitro anulou, ao que parece, por falta do rematador, que se terá apoiado num defesa do Sporting.

Na parte dois, o Sporting voltou a não encontrar o caminho para a baliza adversária enquanto, por seu lado, o Olhanense nunca baixou os braços e ainda causou alguns calafrios à defesa sportinguista, com Rui Patrício a safar-se bem.

SportingOlhao2Apesar da entrada, aos 65 minutos, de Vukcevic e Saleiro – que imprimiram maior vivacidade no ataque – nem isso surtiu efeito porque toda a gente queria pegar na bola e não a largar. Tanto que Moretto se impôs, de forma excelente, a um remate forte de Saleiro.

Pouco depois, Liedson teve oportunidade de poder marcar mas deixou fugir a bola. Vuckcevic era o mais inconformado mas também não conseguia mudar o rumo do resultado.

Dessa forma se chegou ao final dos 96 minutos (dois a mais na primeira e quatro na segunda parte), com o nulo que é justo para os algarvios por aquilo que fizerem e o que não deixaram fazer.

Destaque para Moretto, Vinicius, Paulo Sérgio e Yontcha no lado dos algarvios e João Pereira (o mais esforçado), Patrício e Nuno Coelho.

Sob a direcção de André Gralha (Santarém), coadjuvado pelos assistentes SportingOlhao4Valter Oliveira e Bruno Silva – num trabalho em que, apesar de alguns erros, não influiu no resultado, as equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Nuno A. Coelho (Hélder Postiga), Carriço e Evaldo; André Santos; Valdês, Matias Fernandez (Vukcevic, 65) e Maniche; Liedson e Djaló (Saleiro, aos 65).

Olhanense – Moretto; João Gonçalves, Maurício, Jardel e Carlos Fernandes; Delson (Lulinha, aos 45) e Venicius; Jorge Gonçalves (Mexer, aos 83), Nuno Piloto e Paulo Sérgio; Yontcha (Adilson, aos 72).

Cartões amarelos para Moretto, Jardel, Jorge Gonçalves, Yontcha e Lulinha (Olhanense) e Carriço e João Pereira (Sporting).

 

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