Não restam dúvidas: assim o Sporting não vai a lado nenhum. Depois do brilharete feito com o apuramento para a fase de grupos – ainda hoje para se perceber como isso aconteceu – no jogo contra o Olhanense nada se viu quanto à valia técnico-táctico do clube do Visconde de Alvalade (coitado, do Visconde, claro).
{jathumbnail off}Não é uma formação. É um conjunto de bons rapazes que, parece, se juntam para se entreter em qualquer pelada. E disso não está longe a relva que, quando chover, vai dar mais dores de cabeça.
Ao longo de todo o jogo não se viu uma jogada com princípio, meio e fim, apesar da criação de uma outra situação com maior ou menor perigo, mas que não resultaram, o que redundou no nulo final, sem dúvida um castigo para a descolorida exibição leonina.
Um cartão amarelo que foi visto por 25.807 cidadãos, ainda assim um bom número, mas que, por certo e à excepção dos adeptos do Olhanense, não saíram satisfeitos do estádio.
No primeiro tempo (21 minutos), Liedson ainda teve oportunidade de atirar a bola à trave ao desviar, de cabeça a bola provinda de um centro de João Pereira, nas raras vezes em que os jogadores forasteiros se “esqueceram” de se antecipar aos “moles” jogadores dos “leões” sem garras.
O caso do jogo surgiu aos 36 minutos, quando, no seguimento de um canto, a bola entrou na baliza do Sporting, num “golo sem espinhas”, que o árbitro anulou, ao que parece, por falta do rematador, que se terá apoiado num defesa do Sporting.
Na parte dois, o Sporting voltou a não encontrar o caminho para a baliza adversária enquanto, por seu lado, o Olhanense nunca baixou os braços e ainda causou alguns calafrios à defesa sportinguista, com Rui Patrício a safar-se bem.
Apesar da entrada, aos 65 minutos, de Vukcevic e Saleiro – que imprimiram maior vivacidade no ataque – nem isso surtiu efeito porque toda a gente queria pegar na bola e não a largar. Tanto que Moretto se impôs, de forma excelente, a um remate forte de Saleiro.
Pouco depois, Liedson teve oportunidade de poder marcar mas deixou fugir a bola. Vuckcevic era o mais inconformado mas também não conseguia mudar o rumo do resultado.
Dessa forma se chegou ao final dos 96 minutos (dois a mais na primeira e quatro na segunda parte), com o nulo que é justo para os algarvios por aquilo que fizerem e o que não deixaram fazer.
Destaque para Moretto, Vinicius, Paulo Sérgio e Yontcha no lado dos algarvios e João Pereira (o mais esforçado), Patrício e Nuno Coelho.
Sob a direcção de André Gralha (Santarém), coadjuvado pelos assistentes Valter Oliveira e Bruno Silva – num trabalho em que, apesar de alguns erros, não influiu no resultado, as equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Nuno A. Coelho (Hélder Postiga), Carriço e Evaldo; André Santos; Valdês, Matias Fernandez (Vukcevic, 65) e Maniche; Liedson e Djaló (Saleiro, aos 65).
Olhanense – Moretto; João Gonçalves, Maurício, Jardel e Carlos Fernandes; Delson (Lulinha, aos 45) e Venicius; Jorge Gonçalves (Mexer, aos 83), Nuno Piloto e Paulo Sérgio; Yontcha (Adilson, aos 72).
Cartões amarelos para Moretto, Jardel, Jorge Gonçalves, Yontcha e Lulinha (Olhanense) e Carriço e João Pereira (Sporting).