Era um jogo para ganhar e o Benfica venceu. Abriu o activo logo aos quatro minutos num excelente golo de Cardozo, de cabeça, dando o seguimento devido a um passe largo de Gaitan que, na esquerda do seu ataque, viu o ângulo certo para chegar à cabeça do goleador encarnado.
{jathumbnail off}Parecia “canja”. Só que, aos nove minutos, num canto a favor do Setúbal, toda a equipa do Benfica se meteu na pequena área. Um certo “medo”? A verdade é que, pouco mais de dez minutos depois, Júlio César – que substituiu o “causticado” Roberto – foi expulso ao provocar uma grande penalidade sem qualquer justificação, já que a falta cometida surgiu de uma espécie de “brincadeira” na pequena área.
Para quem estava a vencer, ficou na eminência de um empate, que Roberto não deixou acontecer, porque defendeu e bem. Hugo Leal, chamado a marcar a grande penalidade, chutou para a direito do guarda-redes, que se esticou e com a mão foi buscar a bola, não tendo surgido a recarga.
A partir daqui, o Benfica passou a ter a bola durante mais tempo mas nem por isso chegava com perigo à baliza dois setubalenses, que resolviam qualquer situação, colocando Jorge Jesus com “arrepios”.
Mas o bom tempo voltou a um minuto do intervalo, quando o Benfica chegou aos 2-0, com um golo pleno de oportunidade de Luisão, cabeçando a bola para dentro da baliza no seguimento de um canto marcado por Aimar.
O 3-0 veio aos 57 minutos, por intermédio de Aimar – o melhor homem do Benfica em jogo – ao aproveitar uma defesa incompleta de Diego para enfiar a bola na baliza, depois de um remate excelente de Cardozo, que também sobressaiu no onze da Luz.
Com este resultado, o Benfica baixou nitidamente o rendimento – apesar da fresca entrada de Ruben Amorim – e coube aos setubalenses tentarem a sua sorte, porfiando mais ao ataque, com uma ajuda em grande plano do lateral direito Collin, um principal inconformado e que andou a puxar pela equipa mas em resultado palpável.
O triunfo do Benfica não tem discussão. Mas o que ainda não deixou de ter discussão, por certo, é o “síndrome” de Roberto. Agora acrescentado a Júlio César. Um e outro fazem os benfiquistas “tremer”. Apesar de ter defendido a grande penalidade, e bem, a verdade é que não teve mais trabalho de especial, a não ser a defesa, dois minutos após o tempo regulamentar, a um forte remate vindo de um livre provocado por Máxi Pereira.
Sob a direcção de Vasco Santos, coadjuvado pelos assistentes João Santos e Paulo Vieira, que tiveram uma presença sem problemas de maior, as equipas alinharam:
Benfica – Júlio César; Maxi Pereira, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javier Garcia; Salvio, Pablo Aimar e Gaitán; Saviola e Cardozo.
Substituições: Roberto (22 minutos, por expulsão de Júlio César); Ruben Amorim, aos 45, para o lugar de Saviola; e Carlos Martins, aos 72 minutos, para o lugar de Gaitán.
Setúbal – Diego; Collin, Ricardo Silva, Anderson e Ney; Silva, Hugo Leal e Miguelito; Henrique, Zeca e Sassá.
Substituições: Saídas de Hugo Leal, Zeca e Sassá, entrando Jailson (51), François e Henrique (61).