Pelo Correio da Manhã do dia 30 de Julho findo, ficou Portugal a saber os resultados alcançados por alguns dos principais bancos nacionais. Como é de lei, os bancos estão obrigados a divulgar os resultados obtidos, o que é feito, por normal, no final de cada trimestre ou semestre.
Segundo o referido jornal, o BCP teve um lucro, nos primeiros seis meses deste ano, de 163,2 milhões de euros; o BES de 282,2 milhões; o Santander-Totta de 247,2 milhões e o BPI de, apenas, 99,5 milhões.
Por curiosidade, na mesma notícia dá-se conta que, em relação, a cada um destes resultados, o BCP pagará 21,7 milhões de impostos; o BES 21,5 milhões; o Santander-Totta 46 milhões e o BPI apenas 9,4 milhões.
E verifique-se ainda o facto de o resultado do BES ser muito superior ao do BCP e ter que pagar de imposto quase o mesmo.
A fazer fé nestes números, verifica-se, para um cidadão comum, que, em relação ao BCP, por exemplo, a percentagem de imposto a pagar é de pouco mais de 13%.
Se se comparar esta relação com a que se verifica no IRS para os cidadãos (numa percentagem algo semelhante para um cidadão que ganhe entre 1.500 e 2.000 euros mensais), não há dúvida que é bastante mais compensador para as empresas nesta área de intervenção pública.
Apesar de se terem criado impostos especiais para os grandes lucros, parece que para as grandes empresas, em especial as bancárias, o imposto está muito abaixo do que deveria ser.
Sérgio Luso