Não terá convencido muita gente a exibição do Benfica ante o Mónaco, perante os 40.770 espectadores registados, uma vez que, apesar de ganhar (3-2), acabou o primeiro tempo a perder (1-2), o que, apesar do triunfo, não terá agradado a Jorge Jesus (que cumpriu 56 anos de idade), distinguido com o prémio CNID para o melhor treinador da época passada. Distinção que foi ainda entregue a David Luiz e Fábio Coentrão.
{jathumbnail off}À passagem da meia hora de jogo, Airton, no seguimento de um canto marcado por Aimar, disse que sim com a cabeça e abriu o activo sem problema nenhum, até porque estava só, fazendo prever uma movimentação mais rápida, o que, tal como no anterior tempo, não se verificou.
E foi até o Mónaco que, no espaço de três minutos (entre os 42 e os 45) aproveitando dois deslizes da defesa benfiquista (Carlos Martins primeiro e César Peixoto depois, este ao cometer falta para grande penalidade), virar o resultado a seu favor, com golos de Sagbo e Mongongu. Mónaco que, dez minutos antes, podia ter chegado ao golo, porquanto mandou uma bola à trave e um remate ficou a escassos centímetros do poste.
Logo aos dois minutos da segunda parte, Aimar, com um remate de fora da área, levou a bola ao canto superior esquerdo da baliza de Ruffer, que foi impotente para parar a bola antes de entrar.
Dez minutos depois, Fábio Coentrão foge pela esquerda e centra largo, rasteiro, chegando a bola a Cardozo que mais não fez, ante a passividade da defesa monegasca, de que empurrar a bola para dentro da baliza, fazendo o 3-2 que não foi alterado até final.
Este foi o melhor período do Benfica, a mostrar o que valerá mais à frente. Mas durou pouco porque, depois dos 65 minutos de jogo, com a entrada de uma mão cheia de suplentes de uma só vez, a formação do Benfica voltou a perder ritmo. A posse de bola pelo Benfica foi manifesta (58 % – 42%) mas não redundou em mais golos.
Aimar foi o homem do jogo, Carlos Martins também esteve bem até começar com as “birras” (permitidas pelo árbitro) e Roberto não podia fazer mais nos golos sofridos porque o mérito dos marcadores foi líquido.
A curiosidade de o Benfica ter utilizado os três guarda-redes, com Roberto a jogar na primeira parte, entrando depois Júlio César e finalmente Moreira.
Bruno Paixão mantém o padrão nacional (apitar muito e agir pouco), sendo de salientar o árbitro assistente Nuno Roque, que “tirou” muito bem três foras de jogo.
O Benfica iniciou com Roberto; Ruben Amorim, David Luiz, Sidnei e César Peixoto; Airton; Carlos Martins, Aimar e Gaitán; Kardec e Saviola. Jogaram ainda: Júlio César, Moreira, Luis Filipe, Fábio Coentrão, Weldon, Luís Filipe, Fábio Faria, Cardozo, Felipe Meneses, Javi Garcia e Nuno Gomes.
Pelo Mónaco: Ruffer; Mongongu (marcou de penalty), Aubameyang, Adriano e Hansson; Mangani, Coutadeu e Niculae; Bulot, Sagbo (marcou aos 45 minutos) e Malcuit. Jogaram ainda: Alonso, Gakpe, Lolo, Dennis Appiah, Nkoulou e Gosso.