Os trabalhadores do Rádio Clube Português (RCP) apresentaram um manifesto aos partidos políticos, no qual classificam o despedimento que afectou os 36 colaboradores “Um despedimento injusto, uma descontinuação questionável, um processo pouco transparente” .
Nesse documento fazem referência ao timing do anúncio do encerramento “dois dias antes de dizer ao mercado que as receitas publicitárias estão a subir, anunciou o fecho da rádio e o despedimento de 36 pessoas, alegando que os prejuízos são muitos e o mercado publicitário está em crise”. “Afinal, o fecho do Rádio Clube é uma medida de gestão, à luz das condições do mercado, ou há outras razões, relacionadas com futuras movimentações accionistas?”.
No manifesto refere ainda que “ao longo do último ano, a Media Capital Rádios tudo fez para silenciar o Rádio Clube”. “Primeiro, despediu pessoas, porque a crise nas receitas publicitárias não deixava outro remédio”, depois “o director da rádio, e criador do projecto”, “ignorou propostas de anunciantes de relevo, até em termos financeiros, feitas pelos colaboradores”, alterou “a programação no sentido de gradualmente reduzir a palavra e aumentar a presença musical “ e, “retirou a rede de frequências que permitia que a rádio fosse ouvida em metade do território continental português”.